Márcio Abreu e Rui Miguel estão no FC Krasnodar e traçam ao Maisfutebol o retrato do Zenit. Ausência de Bruno Alves merece ser sublinhada
Observação A. «Se o Porto travar o Danny, o Zenit não existe», assegura Rui Miguel, ex-médio do V. Guimarães, aoMaisfutebol. Márcio Abreu não podia estar mais de acordo. «Sem o Danny, a equipa deles fica muito fragilizada. O importante é impedir que a bola lhe chegue aos pés. Creio que a estratégia terá de passar sempre por aí.»
Observação B. «O Zenit tem dificuldades enormes no processo defensivo. Sem o Bruno Alves ficam ainda mais frágeis. Principalmente no jogo aéreo. Continua a ser um dos melhores defesas do mundo», ratifica Márcio Abreu, antigo atleta do Marítimo. Rui Miguel aquiesce. «Defensivamente não são fortes. Ainda por cima sem o Bruno Alves. O Porto pode explorar isso. Não pressionam e defendem muito atrás. Vão meter o autocarro.»
Observação C. «O F.C. Porto tem maior dimensão individual e colectiva. Os maiores problemas serão, além do Danny, a qualidade do Kerzhakov e o ambiente nas bancadas. O público do Zenit é fantástico», sublinha Márcio Abreu. Para Rui Miguel, o prognóstico é simples. «Prevejo uma vitória do F.C. Porto. A apostar, apostaria nele. Não só por ser uma equipa portuguesa, mas por ser melhor.»
Se depender da análise dos portugueses, o F.C. Porto sairá mais uma vez com a vitória da Rússia.
Zenit goleia 5-0 o Krasnodar: «Ainda lhes agradeci»
28 de Agosto de 2011. Há cerca de um mês. O FC Krasnodar desloca-se a São Petersburgo e é goleado por 5-0. Márcio Abreu fala sobre o pesado desaire. E encontra mais valências interessantes na formação treinada por Luciano Spalletti.
«Nesse jogo ficou vincada a diferença entre o Zenit e o Krasnodar. No final fui jantar com o Danny e o Bruno. E agradeci-lhes. Porquê? Abrandaram o ritmo. De outra forma, acho que eram mais de cinco.»
A liga russa não é a Champions. Longe disso. Por isso, acredita que o Zenit terá muitas dificuldades para chegar longe na prova. A principal aposta da equipa residirá na sustentabilidade do processo defensivo.
«O Zenit deve usar uma característica comum às equipas russas: defender atrás, em redor da grande área. Isso pode criar dificuldades de penetração ao Porto.» E continua. «Depois, procura bastante o contra-ataque. Encostam o Danny a um dos flancos, principalmente à esquerda, e partem para transições rápidas.»
Controlar Danny e Kerzhakov, explorar a debilidade nos céus do oponente, esquecer o calor humano emanado das bancadas do Estádio Petrovsky. Uma receita sugerida por dois homens habituados a ver o Zenit em campo. À atenção de Vitor Pereira.
Impossível vai ser uma visita ao estádio. «Teríamos de fazer duas viagens de avião. Assim juntamo-nos e vemos pela televisão, enquanto bebemos uma cervejinha.»
in "maisfutebol.iol.pt"
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