domingo, 5 de agosto de 2012

F.C. Porto-Lyon, 0-0: como jogaram os novos


Dragão descobre um novo Benni na noite em que Atsu arrancou os maiores aplausos


Miguel Lopes

F.C. Porto-Lyon (LUSA/Estrela Silva)Algo retraído, até porque a condição física ainda não será a ideal, mostrou-se melhor a defender do que a atacar. A segurança atrás contrastou com algum nervosismo sempre que era chamado a decidir no último terço. Os cruzamentos não saíram bem, aspeto que terá de afinar, bem como a parceria com James Rodríguez que, ao fugir muito para o centro, o deixou desamparado na lateral.

Jackson Martínez

O F.C. Porto queria um novo Falcao, mas este colombiano faz lembrar outro avançado que fez história no Dragão: Benni McCarthy. Até os adeptos viram isso, brindando-no com uma adaptação da música que era do sul-africano. Muito bom tecnicamente, Jackson teve pormenores que arrancaram efusivos aplausos das bancadas. Falhou em frente a Lloris ao minuto 34, num remate já em esforço, naquela que foi a sua melhor ocasião no jogo. O toque de bola não engana, tem de melhorar o entrosamento. Só o tempo o permitirá. 

Christian Atsu

Veneno na esquerda. Início fulgurante do jovem ganês com duas arrancadas a deixar Reveillere nas covas e a entusiasmar o Dragão. Nota-se que ainda tem muito por onde crescer, mas o potencial está todo lá. Os adeptos adoram quando decide arrancar contra o mundo, em lances que parecem, à partida, de destino traçado. O treinador quererá maior ponderação. Cabe a Atsu dosear os esforços, até porque foi caindo com o passar do tempo, pese mais uma arrancada de grande nível, consumada com um passe mortífero para Lucho que até fez o Dragão gritar golo.

Castro

Já tem a camisola 6 e parece com lugar reservado no plantel. Entrou para ser trinco e cumpriu.

Fabiano

Estreia no Dragão a confirmar o que se suspeitava: ganhou o lugar na pré-temporada. Fica a dúvida sobre o que vai acontecer a Bracali, que não esteve no banco. 

Sereno

O azarado da noite. Entrou para ser lateral direito, comprovando a sua polivalência, e saiu pouco depois, lesionado. Se ninguém sair na defesa, será difícil que fique.

Kelvin

Uma das dúvidas no grupo de Vítor Pereira, tentou acrescentar fantasia no pouco tempo que esteve em campo.

F.C. Porto-Lyon, 0-0: como jogaram os outros

Mangala cumpriu na esquerda, James é definitivamente um 10 e Lucho tentou desequilibrar


Helton

Uma saída a punhos ligeiramente mal calculada foi o lance mais delicado em que teve de intervir em toda a primeira parte. O Lyon não atacou muito e, quando o fez, não acertou na baliza protegida pelo brasileiro ou, acertando, não o fez com a convicção necessária. 

Maicon

Ganhou alguns duelos nas alturas, controlou as ações de Gomis e deu nas vistas numa louca correria para evitar um lançamento lateral ainda na primeira parte. Não mostrou mais porque o adversário não incomodou assim tanto. Na segunda parte voltou a tentar marcar de livre, mas saiu por cima.

Otamenti

Bem nas alturas apesar de uma falha na área. Um salto mal calculado que Gomis não aproveitou. Um pequeno deslize que não manchou uma atuação serena. Vai criando alicerces ao lado de Maicon.

Mangala

Surpreendeu. Começou muito ofensivo e até esteve a centímetros de desviar um centro de Christian Atsu, logo aos 8 minutos. Não é fácil esquecer que é uma adaptação, mas o francês até fez por isso, realizando um jogo certinho, ao qual faltou a profundidade ofensiva que Alvaro Pereira e Alex Sandro costumam acrescentar. Mas Mangala, sendo mais discreto, realizou um par de ações que motivaram palmas e o galvanizaram para continuar abnegado missão que já pareceu mais impossível. 

Fernando

Os anos passam e Fernando fica. Incólume, qual eucalipto, a secar eventual concorrência. Disponibilidade máxima, entrega total e o sentido posicional do costume, numa semana que até nem foi em pleno, devido a lesão. Talvez por isso tenha saído logo ao intervalo.

Defour

Tentou jogar prático e carrilar jogo para o ataque, mas encontrou muitos caminhos tapados. Faltou-lhe arte para encontrar as soluções que as exigências pediam. Aliás, a prestação de Defour foi um paradigma perfeito do que tem sido, quase sempre, o belga desde que aterrou no Dragão: não esteve mal, mas também não foi brilhante. 

Lucho Gonzalez

Tentou fazer a diferença com passes a abrir a defesa francesa, mas acabou por não ter o acompanhamento devido. Ainda assim foram dos seus pés e do jovem que saíram os lances de maior clarividência do ataque azul e branco na primeira metada.

James Rodríguez

Já nem a camisola deixa dúvidas: James é mesmo um 10. A partir da ala, esteve escondido e pouco em jogo na primeira parte, ainda que, numa ação simples, tenha entregue bem a Jackson Martínez, um lance resolvido por Lloris. Depois fugiu muito para o meio, o seu habitat natural. Miguel Lopes viu-se sozinho várias vezes e o flanco direito não conseguiu carburar, por isso. Na segunda metade foi mais incisivo e tentou várias vezes o remate, até ser substituído. 

João Moutinho

As bancadas brindaram-no com uma das ovações da noite e Moutinho tratou logo de mostrar serviço, chamando a si a responsabilidade de pensar parte dos ataques da sua equipa. A bola foi passando sempre por si, mas na frente houve mais problemas.

Varela

Não conseguiu agitar tanto as hostes como Christian Atsu. Teve menos tempo e as características também são diferentes.

Djalma

Ao contrário de James, colou-se à linha e foi a partir daí que tentou fazer alguma coisa. Algumas iniciativas mas nada de muito relevante.

Kléber

Está atrás de Jackson Martínez e também não conseguiu mostrar mais nos poucos minutos que teve.

Rolando

Matou saudades da dupla com Maicon e não teve trabalho.

Iturbe

Foi o último a entrar e, naturalmente, limitou-se a tentar tocar na bola. 

in "maisfutebol.iol.pt"

1 comentário:

Dragus Invictus disse...

Bom dia

Numa bonita festa de apresentação do FC Porto aos seus adeptos e associados, só faltaram mesmo os golos para encher de alegria a massa adepta que acorreu em grande número ao Dragão. Não houve ópera, mas também não há motivos para começar já a deitar abaixo o treinador, como já li em alguns espaços.
Atsu um menino que com humildade vai ganhando o seu espaço no plantel, e quiçá no onze, encanta as bancadas com pormenores deliciosos. É um desequilibrador, drible curto e rápido, muito difícil de travar pelos adversários.
Iturbe por seu turno, perde espaço. Tem de ter mais tolinha e humildade. As
redes sociais não são a solução, ou quere ser artista de cinema/protagonista ou futebolista. Decide-te. Ainda antes do jogo, aos invés de estar concentrado, o argentino partilhava no Twitter uma fotografia em que se via a camisola do equipamento alternativo do FC Porto, uma fotografia do seu armário no balneário do Estádio do Dragão que permitia ainda perceber que Iturbe será o número 7 esta época. Na casa do FC Porto isto é intolerável, não cumpriu o livro das regras e foi castigado...entrou a um minuto dos 90.
VP este ano dispõe de um plantel que lhe permite ser tricampeão e ir bem longe na Champions.
Basta serenidade, humildade, carácter, mística ... SER PORTO!

Abraço e bom domingo

Paulo