sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

FC Porto com um Jackson vintage (0x2)


O FC Porto voltou à soma natural dos três pontos na Liga portuguesa, depois do empate na jornada anterior. Em Aveiro, o regressado Atsu abriu um jogo que ameaçava ser parecido com o último e Jackson desculpou-se com um grande golo, o 20º da temporada.
Atsu trouxe presente da CAN
O FC Porto «perdeu-o» por mais de um mês, mas no regresso à Invicta depois da participação na Taça das Nações Africanas pelo Gana, Christian Atsu trazia um presente especial: o primeiro golo dos dragões em Aveiro, na vitória por 2x0 sobre o Beira-Mar, é obra do extremo, escrita com um remate de longe e nem por isso indefensável para Rui Rego.
Aliás, a inclusão do ganês no ‘11’ portista – no lugar de Varela – revelou-se importante no regresso dos azuis e brancos às vitórias, depois do empate a uma bola com o SC Olhanense. Quando o jogo portista parecia emperrado – Izmaylov joga bem, mas devagarinho -, era nos pés de Atsu que ganhava alguma imprevisibilidade, fulcral no minuto 34, quando optou pelo remate e foi feliz.
Jackson marcou o 20º golo na Liga portuguesa ©Catarina Morais
Os minutos antecedentes ao ato individual e decisivo do internacional ganês mostraram um FC Porto ligeiramente desconfortável com o jogo, à imagem do que tinha acontecido na receção ao SC Olhanense, apesar da entrada prometedora no jogo: João Moutinho (1’) usou o pé esquerdo para um primeiro aviso – ao lado – e o próprio Christian Atsu chegou a desviar de cabeça, mas à figura de Rui Rego (3’).
Depois disto, um remate de Izmaylov, aos 9 minutos, também ele travado pelo guardião da casa, e um cabeceamento de Mangala, aos 25 minutos, ao lado. Do Beira-Mar anotavam-se os esforços defensivos e a nulidade no ataque, onde Yazalde batalhava de forma inglória entre os «monstros» Mangala e Otamendi.
Nota, contudo, para Rui Sampaio, que aos 14 minutos «trocou as voltas» a Izmaylov com uma finta monumental na área portista; mais tarde no primeiro tempo bateu-lhe à porta o infortúnio e, lesionado, teve de ceder o lugar a Serginho.
Poupanças e a «redenção» de Jackson
O «herói» da noite portista saiu aos 65 minutos, quando Vítor Pereira optou por adiantar Alex Sandro e desviar Mangala para a lateral esquerda; Maicon foi o homem chamado a jogo para formar dupla com Otamendi, provavelmente a próxima a jogar na Liga nacional em virtude da expulsão (que disparate de Xistra!) de Mangala, que o tira do encontro com o Rio Ave, tal como no caso de Alex Sandro, que viu o 5º cartão amarelo.
Sobrava o regresso de James Rodríguez, mais de um mês depois da lesão. O colombiano entrou aos 71 minutos para o lugar de Lucho, dono de um jogo soberbo e poupado para o Málaga, que visita o Dragão na próxima semana no primeiro compromisso dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões; mais tarde (81') seria a vez de João Moutinho, já com o jogo resolvido.
Nota final para o melhor momento de futebol da noite, assinado pelo líder dos goleadores do futebol português e com um toque de «redenção». Jackson Martínez encerrou as dúvidas com um grande golo, aos 73 minutos; desviou Hugo com classe e bateu Rui Rego em arco, festejando o 20º no campeonato e desculpando-se da grande penalidade falhada há menos de uma semana.  

in "zerozero.pt"

1 comentário:

dragao vila pouca disse...

Frente a uma equipa que jogou como se previa, muito fechada e apenas com Yazalde na frente, o conjunto treinado por Vítor Pereira entrou bem, dominador, a controlar totalmente o jogo, mas em ritmo baixo, pouca intensidade, pouca pressão, pouca gente junto dos avançados, pouca profundidade e pouca contundência, com Jackson algo complicativo. Valeu o golo de Atsu e pouco mais digno de registo se passou, com a equipa portista a ir para o intervalo com uma vantagem justa, frente a uma equipa aveirense totalmente inofensiva.

Na segunda-parte, foi bem diferente, para melhor, a exibição do conjunto azul e branco. Mesmo sem ter aumentado muito a velocidade e intensidade, o F.C.Porto pressionou mais, circulou melhor, meteu mais gente na zona ofensiva, teve mais largura e profundidade, foi criando lances de perigo, marcou o segundo golo, por Jackson - magnífica jogada e conclusão, com pormenor de classe, de Cha Cha Cha - e daí até final, com o adversário vencido e convencido, quase se limitou a deixar passar o tempo.

Resumindo, foi uma vitória tranquila, sem discussão, embora, pelo domínio absoluto, pela superioridade em todos os capítulos de jogo e até pela qualidade, nomeadamente na etapa complementar, a equipa portista devia ter marcado mais golos. Não marcou, é pena, mas paciência, o fundamental, a conquista dos 3 pontos, foi conseguido.

Notas finais:
Em vésperas de um jogo muito importante e já com o pensamento no Málaga, Vítor Pereira a teve possibilidades para gerir, fazendo sair Atsu, Lucho e Moutinho, dando minutos a Maicon, James e Castro.
De destacar os 90 minutos e de qualidade, de Izmaylov.

O jogo não podia ter terminar sem uma Xistralhada, com uma expulsão incrível de Mangala. Está visto, neste futebolzinho, um jogador que salte muito, que tenha uma grande capacidade física, tem que ter cuidado. Só faltava agora darem dois jogos de castigo ao francês do F.C.Porto...
Se tivessemos a mania da perseguição até podíamos dizer que os cartões foram mesmo para os jogadores que estavam em risco.

Abraço