quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Vítor Pereira e três argumentos extra para o Rio Ave


O campeonato entrou numa fase decisiva, diz Vítor Pereira, a reforçar a importância do jogo deste sábado com o Rio Ave, para a 20ª jornada da Liga. O treinador do FC Porto começa por fazer uma lista de razões que reforçam a importância deste encontro. 


«Há três motivos para abordar o jogo com a mentalidade ajustada. O Rio Ave fora é uma equipa perigosíssima e tem seis vitórias em nove jogos. Nos últimos jogos tem apenas uma derrota, é uma equipa de qualidade individual e coletiva», observa. 



«O segundo motivo é o facto de virmos de um jogo europeu, desgastante do ponto de vista emocional», continua: «O terceiro prende-se com o campeonato estar numa fase decisiva. Andamos desde a primeira jornada focados para vencer o título. É fundamental garantir os três pontos.»



Ora, perante este reconhecer da relevância do jogo, quis-se saber se Vítor Pereira teme a repetição do empate frente ao Olhanense. O técnico respondeu da seguinte forma. 



«Esta equipa tem experiência mais do que suficiente para saber que cada jogo tem uma história. Temos consciência de que o Rio Ave é uma equipa exigente. Vamos ter os níveis de concentração muito elevados», assegurou o técnico, antes de relembrar o que falhou na receção aos algarvios.



«Fizemos um jogo, se calhar, a um ritmo mais baixo. Mas a questão não é essa. Se tivéssemos marcado antes do Olhanense, de forma a obrigar o adversário a ir buscar mais alguma coisa, o resultado até seria desnivelado», referiu o treinador. 



«O jogo acabou por ter características confortáveis para o adversário e desconfortáveis para nós. O Olhanense jogou com os seus argumentos, defendeu bem».



V. Pereira para Jesus: «Europa e Liga? É possível mudar o chip»

Treinador do FC Porto discorda do técnico do Benfica


Vítor Pereira discorda de Jorge Jesus, quando o treinador do Benfica diz que, entre os encarnados e o FC Porto, terá mais hipóteses de ser campeão quem cair primeiro das competições europeias. Para o técnico portista, é possível fazer essa gestão e «mudar o chip».


«É a opinião do treinador do Benfica. Respeito», começou por observar Vítor Pereira, na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Rio Ave: 



«Eu acredito ser possível ser campeão e manter aspirações na Liga dos Campeões. De outro modo não valia a pena ter tanto trabalho até agora. Acredito ser possível fazer a gestão e mudar o chip da Europa para a Liga. O campeonato está a ser uma luta bonita, mas não invalida as nossas aspirações na Champions.»



Vítor Pereira concluiu o raciocínio: «O nosso principal objetivo é o campeonato nacional. Mas a prova que mais prazer dá jogar é a Liga dos Campeões. Claro que nos entusiasma jogar essa prova». 

F.C. Porto sem Mangala e Alex Sandro: «ADN é o mais importante»

Vítor Pereira fala com orgulho da matriz de jogo dos dragões


Vítor Pereira não tem por norma antecipar as opções individuais para determinado jogo. Para o Rio Ave não foi diferente. Sem Mangala e Alex Sandro, o técnico não confirmou a entrega da titularidade a Quiñones, optando por assegurar que a equipa dará «uma boa resposta». 


«Não vos posso dizer quem joga a lateral esquerdo. Nem a equipa sabe. O coletivo vai dar uma boa resposta. A equipa não vai sentir a falta de ninguém, apesar de estarmos a falar de dois jogadores com o ritmo competitivo excelente», começou por explicar o técnico.



Depois, percebeu-se, o treinador fez questão de vincar que o mais relevante é a manutenção da matriz da equipa. Seja na Liga, como é o caso, ou na Champions, como o F.C. Porto demonstrou diante do Málaga. 



«Nesta altura da época, as pessoas reconhecem que apresentamos uma matriz de jogo muito próprio, um ADN facilmente identificável: ter bola para dominar e tirar iniciativa ao adversário», vincou o treinador dos dragões. 



«Para se conseguir isso, não podemos mudar o trabalho de jogo para jogo, só porque vamos para a Liga dos Campeões. Seria de uma incoerência total. Na Europa ou na Liga queremos ganhar, se possível com base sustentada na nossa ideia de jogo. Até me arrisco a dizer que não sabemos de jogar de outra forma. É este o jogo que nos satisfaz e orgulha. Acredito que os nossos adeptos se identificam com isto». 

V. Pereira: «Champions tem altíssima exigência emocional»

Técnico do F.C. Porto fala sobre o plano emocional do jogo


O futebol não é apenas estratégia, abordagem tática ou inspiração individual. Para Vítor Pereira é, acima de tudo, um jogo claramente influenciado pelas emoções. O plano emocional do jogo terá, no entender do técnico, uma palavra fulcral no que falta da época. 


«Os jogadores querem ganhar o campeonato. É um momento importante e eles entendem isto. Temos é de perceber que os jogos da Champions são de altíssima exigência emocional. É natural que isso nos retire energia e haja necessidade de recuperar essa energia emocional. No meu caso, hoje já me sinto melhor do que ontem, muito mais pronto. Com a equipa é a mesma coisa», atestou o treinador.



Por tudo isso, a palavra paciência é também presença obrigatória nesta reflexão. 



«Muitas vezes os jogos colocam-nos dificuldades que nos fazem perder alguma paciência. Queremos fazer golos cedo, desbloquear o jogo, e nestas alturas é fundamental manter a paciência. Estamos habituados a lutar por títulos e a bom futebol, mas neste momento o entusiasmo das bancadas podem fazer a diferença», concluiu o treinador.

Bom momento de V. Pereira: a falta de som, a sabotagem e a equipa

Treinador reage bem a um instante inesperado


a a conferência de imprensa a caminho da segunda pergunta quando o sistema de som falhou no Olival. Minutos de espera, gargalhadas e Vítor Pereira a reagir com muito savoir faire. O técnico não se atrapalhou, bem pelo contrário.


«Já me parece sabotagem», atirou com um grande sorriso nos lábios. «É para me deixar ficar mal. Estou convencido que isto é de propósito», foi dizendo, enquanto os repórteres de imagem e jornalistas tentavam remediar o inconveniente.



Antes de reposta a normalidade, mais uma frase bem disposta: «A minha equipa tem de funcionar melhor do que o sistema de som». 

in "maisfutebol.iol.pt"

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