quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Lucho na estreia de Paulo Fonseca

Como suaram os dragões para saírem de Viena com os três pontos, no primeiro jogo do treinador na Champions

Um golo solitário de Lucho González permitiu o arranque vitorioso do FC Porto na Liga dos Campeões diante do Áustria de Viena, na ronda inaugural do Grupo G. Quis a história que o treinador Paulo Fonseca "assinasse" a sua primeira vitória internacional no palco onde os dragões conquistaram, em 1987, o seu primeiro troféu internacional.

Mas os jogadores portistas, apesar de terem tido a bola nos pés durante dois terços do tempo de jogo, conforme estatística da UEFA, revelaram nervos a mais, apesar da maior experiência em campo, que obrigaria a uma melhor exibição. O meio-campo portista rendeu muito pouco no primeiro tempo: lento nos processos e com muitos passes falhados em situação de posse, nomeadamente por Fernando. O médio brasileiro até foi o primeiro a testar os reflexos do guarda-redes Suttner, com um bom remate desferido "do meio da rua", mas esteve longe do fulgor habitual, tal como a restante equipa.

Ao contrário, os austríacos revelaram ter a lição bem estudada, ocupando os espaços de forma a manietar a equipa de Paulo Fonseca, com cobertura especial a Lucho, que poucas vezes conseguiu distribuir com sucesso na zona de ataque. Na única vez que o FC Porto criou perigo na área contrária, Jackson, após bom entendimento com Varela, rematou de forma defeituosa, só com o guarda-redes pela frente.

Apesar de também não ter criado grandes oportunidades de golo, a equipa "violeta" conseguiu colocar Helton em sentido quando Hosiner, em dois momentos quase seguidos, alvejou a sua baliza, à passagem da meia hora.

O que faltou aos dragões durante toda a primeira parte -- velocidade e intensidade -- acabou por resultar no golo portista, aos 55 minutos, quando Lucho desmarcou Danilo na direita, que galgou terreno e, já da linha final, cruzou para trás, onde o argentino apareceu a rematar com sucesso. Pouco depois do tento portista, Stankovic cabeceou ao poste e, minutos depois, Otamendi "ofereceu" a bola a Hosiner, que partiu isolado para a baliza adversária, mas, com Mangala a pressionar, rematou direto à figura de Helton.

Diante da passividade e desacerto portista, o avançado austríaco voltou a fazer perigar as redes da equipa portuguesa, aos 64 minutos, quando conseguiu ultrapassar Alex Sandro e Otamendi, mas o seu remate fez a bola passar a pouco centímetros do poste esquerdo de Helton.

Paulo Fonseca substituiu Licá por Izmailov e conseguiu ganhar o controlo do jogo à custa da experiência do russo. Aos 78 minutos, Varela conseguiu cruzar com eficácia, mas Lucho González não chegou à bola. Na sequência do lance, o internacional português foi substituído por Herrera que, tal como Licá e Josué, se estreou na mais importante competição de clubes na Europa.

Até final, destaque para uma boa iniciativa de Jackson, já no período de descontos, mas o colombiano não conseguiu que o remate chegasse à baliza, intercetado por um defesa.

Lucho: golo à memória do pai

Lucho González volta a marcar na primeira jornada e novamente com dedicatória. Mas ontem foi bem complicado ganhar, admitiu 

A história repete-se: Lucho González voltou a marcar na primeira jornada da Liga dos Campeões. Há um ano, fê-lo ao Dínamo de Zagreb, no dia 18 de setembro, data que não esquecerá pois soube, na Croácia, da morte do pai. Precisamente um ano depois, El Comandante repetiu a graça e não se esqueceu do progenitor, que veio imediatamente à memória. "Marcar é sempre especial para todos os jogadores, mas para mim foi ainda mais especial, porque me lembrei do meu pai", admitiu.

Lucho iguala Deco e Pena

 El Comandante voltou a marcar na Champions e fez o 12º golo europeu ao serviço do FC Porto

Lucho marcou "ofereceu" a vitória ao FC Porto em Viena e alcançou o 12º golo europeu ao serviço dos dragões. O médio argentino alcançou, desse modo, Deco e Pena, dois ex-jogadores dos dragões que também festejaram uma dúzia de golos na Europa pelo FC Porto­

Lucho parece ter uma relação especial com a Liga dos Campeões, prova na qual marcou pela nona temporada consecutiva, começando por 2005/06 e sem esquecer a passagem pelo Marselha. El Comandante festejou o primeiro golo internacional pelos em setembro de 2005, na derrota caseira com o Artmedia (3-2), somando depois três golos em 2006/07 e outros tantos em 2007/08.

Na temporada seguinte apontou dois, antes de se transferir para França. No regresso marcou nos dois jogos com o Dínamo Zagreb, ambos na época passada, e agora ao Áustria de Viena.
 
in "ojogo.pt"

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