segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

As boas festas de Villas-Boas

DRAGÃO ATINGE OBJETIVOS PROPOSTOS



O FC Porto confirmou com a vitória frente ao Juv. Évora que as festas serão mesmo boas. O treinador pode riscar o “visto” em todas as metas delineadas até ao Natal, por muito que os jogos com o CSKA Sofia e com o P. Ferreira sejam encarados como obstáculos à invencibilidade da equipa e à manutenção, pelo menos, da vantagem sobre o 2.º lugar do campeonato.
Garantido está já que o FC Porto vai virar a primeira metade da Liga na condição de líder, aliando a isto a sucessiva ultrapassagem de eliminatórias da Taça de Portugal e da Liga Europa e a conquista da Supertaça, única prova que Villas-Boas podia ter ganho até esta fase.
O técnico tem colocado a tónica na necessidade de juntar troféus ao bom arranque, projetando o discurso para os meses de abril e maio, mas a verdade é que os dragões estão numa posição invejável para atingir a grande meta da temporada: o título nacional.
Útil e agradável
A carreira nas diferentes provas é o bolo do FC Porto, não sendo despiciendo que o percurso com o novo treinador esteja a revelar-se capaz de acrescentar a cereja. E são já muitas, a começar pela invencibilidade que se prolonga há 34 jogos oficias e que advém, portanto, da fase final da era Jesualdo Ferreira.
Villas-Boas tem prolongado a série e os portistas não só não perdem como ainda conseguem marcar em todos os jogos. Registos ofensivos que projetam as individualidades, merecendo destaque a liderança das tabelas de goleadores da Liga (Hulk) e da Liga Europa (Falcão). Numa máquina abrangente, há feitos que têm de ser atribuídos à defesa, que é a menos batida do continente, não obstante a saída do capitão Bruno Alves.
Liderança
A forma como o treinador conseguiu unir e mobilizar o grupo está a revelar-se profícua. O arranque com uma vitória sobre o campeão, ainda para mais a valer um título, galvanizou as tropas e deu o mote para um ciclo positivo que reforçou a confiança do plantel e cimentou as forças do FC Porto. Embalado, o dragão tem cada vez mais certezas e adensa-se a dúvida: que equipa poderá pôr termo a esta invencibilidade?
É uma tarefa hercúlea, tendo em conta que a equipa marca em todos os jogos e só por duas vezes (Genk e Sp. Braga) consentiu mais do que um golo ao adversário, sem colocar em causa outros tantos triunfos. Os números são mesmo como o algodão e é bom notar que as redes portistas não abanaram em 15 dos 24 jogos oficiais disputados. Sintomático.
Coletivo
Independentemente de ser nítido que há um núcleo duro neste FC Porto, não deixa de ser verdade que Villas-Boas tem sido capaz de tirar rendimento das alternativas. Senão vejamos: Walter mostrou instinto goleador quando não houve Falcão; Ruben Micael é garantia de solidez nas ausências de Belluschi ou Moutinho; Guarín tem sido solução de qualidade para a baixa de Fernando; Otamendi e Fucile são concorrentes de peso para Maicon e Sapunaru...
Apesar das diferenças de valor naturais num grupo tão alargado, os dragões têm sido capazes de mobilizar todo o grupo. Nesta fase, só Mariano González não jogou, mas devido a não ter sido inscrito por causa da grave lesão que sofreu na época passada. Com o calendário a apertar, é natural que as oportunidades se multipliquem, mas até aí começa a ser percetível que Villas-Boas sabe com quem contar.
in "record.pt"

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