domingo, 5 de dezembro de 2010

Equipa sombra em forja no Dragão

O F. C. Porto tem dois meses intensos. Quatro jogos em Dezembro, sete em Janeiro. Campeonato, Liga Europa, Taça de Portugal e Taça da Liga. Os dragões atacam em todas as frentes e Villas-Boas terá de gerir o plantel no próximo mês. Mas não faltam soluções.


O treinador do F. C. Porto tem um objectivo bem definido. Pretende chegar ao final do ano sem qualquer derrota na folha de serviços. Nada de impossível. Está a quatro jogos de garantir a meta num calendário composto por quatro desafios até ao último dia competitivo de 2010. Tem de vencer o Vitória de Setúbal (amanhã, 19.45 horas, TVI), o modesto Juventude de Évora, na Taça de Portugal, o CSKA de Sofia, na Liga Europa, até terminar o ciclo no terreno do Paços de Ferreira. A equipa segue alegre, motivada e está imparável há 22 jogos. São 19 vitórias e três empates.

Depois, segue-se um mês de Janeiro recheado de jogos. São sete desafios, três da Taça da Liga, outros tantos do campeonato e um da Taça de Portugal. Face à densidade competitiva, André Villas-Boas deve gerir os recursos do plantel e dar a oportunidade aos jogadores menos utilizados. É uma boa forma de potenciar atletas, contribuir para a evolução do grupo e poupar as unidades mais expostas ao desgaste físico. No campeonato, o F. C. Porto recebe o Marítimo e a Naval, depois desloca-se ao terreno do Beira-Mar. Na Taça da Liga mede forças com o Nacional, Beira-Mar e Gil Vicente.
O treinador tem à disposição um plantel rico em soluções. Seja para a defesa, para o meio-campo ou para o ataque. Há matéria humana suficiente para gerir os activos de forma a manter os níveis qualitativos exigiveis. Sem beliscar princípios e rotinas. Já tem sido assim na Liga Europa, uma competição na qual os dragões garantiram o apuramento para os 16 avos-de-final e à custa de uma gestão criteriosa. Muitos futebolistas tiveram a oportunidade de se afirmar na prova, como Rúben Micael e Otamendi, ambos pouco utilizados no campeonato.

No actual plantel, Pawel Kieszek é o único que ainda não somou qualquer minuto de competição. Mas pode ter uma oportunidade de ouro na Taça da Liga. Para já, amanhã, irá subir um degrau na hierarquia estabelecida para a baliza e vai sentar-se no banco de suplentes. Beto está lesionado, a contas com uma rotura muscular, o que abre uma vaga para o ex-guarda-redes do Braga. Na lista dos menos utilizados segue-se Sereno, central que apenas soma 90 minutos de competição, à custa da titularidade no jogo da Taça de Portugal diante do Limianos. E há ainda o caso de Mariano González: não está inscrito. Mas o novo ano é uma janela de oportunidades. Para todos.

in "jn.pt"

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