Olhanense-F.C. Porto (antevisão): venham mais cinco

André Villas-Boas pede mais cinco. Sem, garante quem lá esteve, qualquer indirecta relacionada com a goleada frente ao Benfica, na primeira volta. Até porque a memória da derrota no Dragão, a segunda de três em casa, está bem presente. São cinco vitórias, quinze pontos para garantir, quanto antes, a conquista do título nacional.

Na ressaca do sucesso europeu, com eliminatória sofrida mas superada frente ao Sevilha, o F.C. Porto volta a olhar para dentro. Neste caso, para o Olhanense, onde o espera uma equipa sem registo de desaires caseiros. Curioso registo, frente a um líder com um trio de imprevistos, no seu reduto. Todos extra-Liga. Afinal, o principal objectivo dos dragões. 

O Velho Continente futebolístico olha para este F.C. Porto como um dos principais favoritos à conquista da Liga Europa. Seria o maior cartaz publicitário para a equipa da Era André Villas-Boas. Talvez. Mas não há espaço para dúvidas. No Olival, fala-se sobretudo do campeonato. 

«O F.C. Porto sofre da necessidade absoluta de voltar a ser campeão, é o sentimento comum que todos temos», reconheceu o jovem técnico, nesta sexta-feira. Para tal, no arranque para o último terço da época, fica traçado o objectivo: um dragão cem por cento vitorioso até sair do Estádio da Luz.

Falcao a voar no Algarve

Estratégia clara e anunciada de véspera. O F.C. Porto quer chegar ao clássico com dinâmica de vitórias, expressão popularizada no passado recente. E chegar para vencer, ali mesmo, no Estádio da Luz. Antes de mais, o Algarve.

Frente ao Sevilha, numa segunda mão onde nem precisava tanto, os dragões passaram dezenas de minutos à procura do golo. Falharam em quantidades inacreditáveis. Com o regresso de Falcao, ele que viu a barra negar-lhe a festa, o ataque espera voltar a carburar ao mais alto nível.

O avançado colombiano deixou de ser um problema e espera ser solução. Ele e Alvaro Pereira, um lateral de andamento incomparável. Rafa é o único lesionado. Cristian Rodriguez e Walter, dois jogadores com crédito junto dos adeptos, ficam de fora.

Faquirá não quer saber dos outros

Dauto Faquirá quer um Olhanense a olhar para o seu umbigo. Não pensa satisfazer os benfiquistas, os sportinguistas, não pensa em Hulk, não está «preocupado com A, B ou C». Eis o crédito acumulado pela bela campanha da formação algarvia na presente edição da Liga.

«Não quero saber dos benfiquistas, sportinguistas, etc. Mas, se eles ficarem felizes depois do jogo, é sinal que o Olhanense teve sucesso», brincou Faquirá, na antevisão do encontro, acrescentando mais tarde: «Se dissesse a um jogador da minha equipa que ia alterar a forma de jogarmos por causa do Hulk, ele dizia-me que eu estava maluco.»

O Olhanense não muda. Essa tem sido, aliás, a receita para o sucesso. Uma identidade forte, imutável. Seguindo esse caminho, os pequenos deixam de o ser, ou pensar como tal: «Jogamos sempre com 4 defesas em linha, 3 médios e 3 jogadores de ataque.»

EQUIPAS PROVÁVEIS:

OLHANENSE: Ricardo Baptista; João Gonçalves, Maurício, André Micael e Carlos Fernandes; Fernando Alexandre, Nuno Piloto e Rui Duarte; Jorge Gonçalves, Djalmir e Paulo Sérgio.

F.C. PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Otamendi e Alvaro Pereira; Belluschi, Fernando e João Moutinho; Hulk, Falcao e Varela.

in "maisfutebol.iol.pt"