segunda-feira, 28 de março de 2011

SEIS GOLOS E ESPECTÁCULO DE PEDRO GIL


Seis golos de Pedro Gil numa vitória (10-3) lançada pela audácia de um adversário que foi capaz de assustar, mesmo que só por breves instantes, mantêm os Dragões na liderança e a queimar etapas na direcção do decampeonato. Este domingo, no Dragão Caixa, cinco dias depois de um triunfo notável no Pico, não foi diferente. Como disse Franklim Pais, ficam a faltar sete finais.

Ao segundo minuto, antes de o jogo poder assumir qualquer contorno definidor, a Académica de Espinho colocou-se na frente do marcador, com um golo de Victor Hugo, conseguido no último gesto de um rápido contra-ataque. Mas o factor surpresa não resistiria por mais de 55 segundos, tempo suficiente para Pedro Gil, a grande figura do encontro, repor a igualdade.

A caminhada imparável dos Dragões estava de novo em curso e o claro domínio portista produziria mais três golos até ao intervalo, com Pedro Moreira, Pedro Gil e Reinaldo Ventura a acrescentarem uma expressão mais ampla ao resultado, num processo irreversível em que o guarda-redes da Académica de Espinho se recusou a participar, em especial na defesa de duas grandes penalidades.

No recomeço, os azuis e brancos já não se deixaram surpreender e alargaram a diferença com mais dois golos de Pedro do Gil e o primeiro de Filipe Santos. Depois de Pedro Moreira voltar a marcar, a seis minutos do final, o jogo registaria uma curiosa e ténue inversão, gerada por duas exclusões na equipa orientada por Franklim Pais, que estiveram também na origem de outros tantos golos da Académica de Espinho.

Outra vez disputada a alta velocidade, a partida não terminaria sem nova aparição do incontornável Pedro Gil, que fecharia as contas globais com a obtenção do quinto e do sexto golo da sua conta pessoal. A entrega do espanhol a cada lance ficaria ainda expressa no último segundo do jogo, que fechou com mais um disparo da sua autoria.

No final do encontro, Franklim Pais distinguiu na estratégia da Académica de Espinho a atitude característica de «uma equipa que procurou pontuar» e enunciou «momentos de bom hóquei e de espectáculo», antes de redireccionar as atenções para o objectivo sempre assumido. «Faltam sete finais e sabemos que nos esperam jogos com um grau de dificuldade elevado», observou o treinador do FC Porto Império Bonança, para logo finalizar com o método de abordagem de todo e qualquer jogo: «Não há margem para erro e temos que entrar sempre fortes».

FICHA DE JOGO

FC Porto Império Bonança-AA Espinho, 10-3
Nacional da 1.ª Divisão, 23.ª jornada
27 de Março de 2011
Dragão Caixa, no Porto
Assistência: 873 espectadores

FC PORTO IMPÉRIO BONANÇA: Edo Bosch, Filipe Santos «cap.», Reinaldo Ventura, Pedro Moreira e Pedro Gil.
Jogaram ainda: Emanuel Garcia, André Azevedo, Gonçalo Suíssas, Rafa, Filipe Magalhães
Treinador: Franklim Pais

AA ESPINHO: Ângelo Girão, Miguel Sousa, Rui Silva, Victor Hugo e Eduardo Brás
Jogaram ainda: Filipe, Frederico, Diogo
Treinador: João Paulo Freitas

Ao intervalo: 4-1
Marcadores: 0-1, Victor Hugo (2m); 1-1, Pedro Gil (3m); 2-1, Pedro Moreira (8m); 3-1, Pedro Gil (10m); 4-1, Reinaldo Ventura (18m); 5-1, Pedro Gil (35m); 6-1, Pedro Gil (37m); 7-1, Filipe Santos (38m); 8-1, Pedro Moreira (44m); 8-2, Victor Hugo (48m); 8-3, Eduardo Brás (48m); 9-3, Pedro Gil (49m); 10-3, Pedro Gil (50m)
Disciplina: cartão azul a Emanuel Garcia (46m) e Reinaldo Ventura (47m)


in "fcp.pt"

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