domingo, 4 de setembro de 2011

Defour à espera que lhe dêem asas


Aos 16 anos já jogava na 1ª Divisão belga; aos 18 era internacional pelo seu país; aos 19 tinha a braçadeira de capitão do Standard. Defour espera por oportunidades no FC Porto, mas para ele a vida é uma corrida. É a essa adrenalina que a Red Bull se associa, transformando o médio numa das suas principais coqueluches. Quando não está a jogar futebol, Defour pode andar pelos ares num dos aviões da marca de bebidas energéticas, num dos monolugares da sua equipa de Fórmula 1 ou, num momento de rara acalmia, sentado nas bancadas da Red Bull Arena, casa do actual líder da Bundesliga austríaca, o Red Bull Salzburgo.
Nem a marca nos soube explicar como começou esta história entre um dos melhores jogadores belgas e uma das bebidas mais famosas do mundo, mas quando Defour se lesionou com gravidade, há quase três anos, recebeu mais do que uma carta de Alex Ferguson a desejar-lhe as melhoras... Num momento de infortúnio, a Red Bull "pegou" no jogador e levou-o para a Áustria. Deu-lhe asas, literalmente. De muletas, Defour foi conhecer o aeroporto privado da marca em Salzburgo, teve uma experiência de voo e acabou o dia a ver um jogo de futebol.
Mais? O seu casamento, em inícios de Junho, foi patrocinado ao mais alto nível, reforçando uma ligação que já fez do médio um dos membros do júri de uma prova de "street style" (habilidades com bola) ou um dos rostos de um videojogo. A Red Bull adora Defour e quer associar aquilo que o futebolista representa aos valores de uma marca que vale cerca de cinco biliões de dólares por ano. Segundo contou a O JOGO um dos responsáveis pelo marketing, o médio sabe muito bem a que portas bater quando quiser algo tão simples como... organizar um churrasco em casa com os amigos!
Eventos, festivais, provas de automobilismo... Defour vai com a Red Bull a todas, num casamento sem contrato e que oferece tudo ao internacional belga, menos dinheiro. A essência está em viver experiências, como aquela que levou o jogador à fábrica dos cristais Val Saint Lambert, por onde Defour passava todos os dias a caminho dos treinos e onde jogou futebol com o guarda-redes Logan Bailly graças a uma iniciativa da marca. Sem fazer estragos, consta...
Para a empresa austríaca, Defour é uma mina. Para o FC Porto, ainda é um simples diamante. A Red Bull dá-lhe asas, mas só Vítor Pereira lhe pode oferecer minutos de jogo!

"Sabe que nada vai cair do céu..."

Defour está a lutar com Belluschi por um lugar no onze a apresentar na Marinha Grande, mas já percebeu que a concorrência é apertada. "Ficou surpreendido com a qualidade que encontrou e já sabe que nada vai cair do céu", diz-nos o seu empresário, Paul Stefani. Não é a Red Bull que lhe vai dar oportunidades, pelo que lhe resta correr atrás. "Foi bom não ter sido chamado à selecção, assim pode ganhar pontos no clube", insiste o agente, que revela que Defour está a escolher casa e a adaptar-se muito facilmente à cidade.

Manchete em Espanha e alvo assumido de Ferguson

Em 2008, Steven Defour foi considerado o melhor jogador na Bélgica. Tinha 20 anos e, naturalmente, o seu nome começou a ser apontado a voos mais altos. Muito mais altos. Ao ponto de o diário "Marca" o ter nomeado, em mais do que uma manchete, como a alternativa a Xabi Alonso para o reforço do meio-campo. Estávamos já em 2009 e Rafa Benítez prendia o agora merengue a Anfield Road, pelo que emergiu Defour como a solução para o Real Madrid. Por esta altura, também Alex Ferguson pensava no capitão do Standard para o Manchester United. Depois, e como se sabe, chegaram as lesões...

in !ojogo.pt"

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