quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Salvação de Kléber está na bancada

Já lá vão sete jogos desde que Kléber marcou pela última vez, num total de dois meses de pouca felicidade e cada vez mais pressão. O substituto de Falcao nem começou mal a época, mas está mergulhado numa crise sem paralelo desde que chegou a Portugal. O anterior máximo sem marcar eram seis jogos e logo quando chegou ao Marítimo.
A confiança de Vítor Pereira não basta. Kléber "está triste e pouco confiante" e só os adeptos podem reverter a situação. "Precisa de marcar e sentir o apoio dos adeptos. Mas se sentir o carinho, chega mais depressa ao golo. Os adeptos têm de perceber que ele é jovem, tem muita qualidade e dá muito à equipa. Batalha como poucos, faz marcação defensiva e ainda no último jogo fez uma assistência", explica Rafael Miranda, ex-colega no Marítimo e um dos seus melhores amigos.
Rafael acredita que o goleador vai ultrapassar esta fase. "No futebol tudo é momento. Ele está triste porque sabe que tem condições para jogar no FC Porto, mas ao mesmo tempo tranquilo porque sente o apoio das pessoas do clube", conta, a propósito daquilo que conversaram na passada semana.
Osvaldo Botrel, que faz a assessoria do jogador, confirma que sentiu "alguma tristeza" na última vez que falou com ele. "Mas por ser assobiado. Quanto ao facto de não marcar, está tranquilo, porque sabe que rapidamente vai dar a volta à situação", frisa, recordando que "fez duas brilhantes assistências para golo nos últimos cinco jogos e isso também vale golo."

Regresso de Hulk ajuda a agravar crise

O provável regresso de Hulk já contra o Gil Vicente não ajudará Kléber a resolver o problema de falta de confiança. Isto porque o Incrível, que começou por ser um dos seus parceiros no ataque, é agora concorrente directo. Com Hulk a 100%, Vítor Pereira deve subtrair Kléber ao onze e assim baixam consideravelmente as possibilidades de marcar. Nesta fase, o jogador deve "agradecer" às ausências de Cristian Rodríguez (lesão) e Djalma (está na CAN), para ser pelo menos a primeira alternativa de ataque sentada no banco de suplentes.

Correria de Helton para o grupo mostrar apoio total

Se é claro que os adeptos duvidam da capacidade de Kléber e o têm mostrado com assobios nos últimos jogos em casa, o plantel está todo do lado do jogador e vincou-o de forma evidente no último jogo. Contra o Guimarães, foi João Moutinho a fazer o segundo golo, mas foi Kléber - fez a assistência - que toda a equipa correu para abraçar.
O feitio tranquilo e bem-disposto do brasileiro há muito conquistou o resto dos colegas. E estes entenderam que nesta fase o jogador tem de o sentir inequivocamente. O próprio João Moutinho foi o primeiro a saltar para o colo de Kléber e o abraço mais sentido veio directamente da outra ponta do campo. Helton correu cerca de oitenta metros para saudar o colega e este sentiu na mão do capitão o peso de todo o grupo do seu lado. "Fizeram isso para chamarem o público para apoiar o Kléber", acredita o amigo Rafael Miranda. Com o gesto, o plantel portistas quis efectivamente mostrar que está com ele, mesmo sem golos há muito tempo e com a esmagadora maioria de adeptos longe de ser compreensiva. Depois das palavras encorajadoras de Vítor Pereira, este foi o contributo dos colegas para que a má fase passe rapidamente.

in "ojogo.pt"

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