sábado, 18 de fevereiro de 2012

Elias quer coroar estreia passando aos "quartos"

Elias está de novo no FC Porto, depois de já ter passado pelo Dragão na temporada passada, ao abrigo de um acordo com o Inter de Luanda. O internacional angolano veio dar mais estabilidade à ponta esquerda, numa época em que Dario Andrade tem sido muito afectado por lesões. A primeira mão dos oitavos-de-final da Taça EHF, jogada no Dragão Caixa, marcou a estreia de Elias nas competições europeias, num jogo em que os portistas venceram o Saint-Raphael por dois golos (28-26), mas cometendo 17 falhas técnicas e falhando muitas bolas 1x0 (jogador isolado frente ao guarda-redes).
"A nossa expectativa é fazer melhor do que na semana passada. Falhámos muitos remates e durante a semana trabalhámos muito esse aspecto", diz o nº 21 portista, considerando que a actuação defensiva pode subir de qualidade. "Temos de estar mais concentrados perante as mudanças de jogadores, além de aumentarmos a nossa agressividade", alerta o extremo, acreditando que "o FC Porto pode fazer um trabalho muito melhor", tendo "todas as possibilidades de passar". E justifica: "Se estamos na mesma prova, temos as mesmas capacidades. Não devemos temer nada, temos de os encarar como um adversário do nosso nível e pensar que podemos ser superiores. Mesmo cometendo muitas falhas, ganhámos no Dragão."
O encontro da segunda mão é hoje, às 19h00 portuguesas, num recinto que se espera tenha os seus 2000 lugares completos e frente a uma equipa que a meio da semana derrotou o Paris Handball, resultado que foi um tónico para a recepção ao FC Porto.

"Inteligentes frente à baliza"

Tem 24 anos, começou a jogar andebol com 12, no Grupo Desportivo da Banca, mas também foi guarda-redes de futebol. A dica perfeita para saber se essa experiência o ajuda agora nos duelos frente aos guardiães de andebol. "São coisas diferentes. Ao atacar um guarda-redes de andebol, quando se está isolado frente à baliza, temos de ser inteligentes. Antes da força, temos de saber enganar o guarda-redes", explica Elias, aliciado para o andebol por um treinador que o viu a brincar num parque. "Vieram ter comigo, e achei interessante experimentar. Não sabia o que era andebol, mas gostei logo e não hesitei; tocou-me mais o andebol do que o futebol", conta o angolano, que explica facilmente a velocidade que revela nos jogos: "Desde miúdo, sempre gostei de correr e, no andebol, fui aperfeiçoando."
De resto, diz-se integrado no clube, gosta da cidade do Porto, de música - no passeio matinal de ontem estava a ouvir Modern Talking, banda de grande sucesso nos anos 80, mas também gosta de kizomba, Tony Carreira e Mariza -, de ler e pescar. "Apanho qualquer coisa; o que der na cana, eu pesco. Com cana ou manual, só com fio e anzol. No Porto nunca pesquei, mas já vi que há muitos pescadores ao longo da marginal do Douro. Um dia experimento..."

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