quarta-feira, 21 de março de 2012

O FC Porto um a um

Bracali 6
Sofreu três golos, mas não teve qualquer responsabilidade neles. Deve ter abençoado a baliza onde defendeu na primeira parte, porque viu a barra e os postes evitarem três golos do Benfica, mas, num deles, teve o mérito de desviar com a ponta dos dedos o remate de Luisão. Curiosamente, foi o central do Benfica que lhe deu mais trabalho: aos 88' voltou a mergulhar e evitar o quarto golo.

Sapunaru 6
Vê-se claramente que defrontar o Benfica é uma questão de honra para ele, tal a intensidade com que disputou os lances. Conseguiu "obrigar" o adversário a atacar por outras zonas que não a sua e ainda apareceu bem no ataque. Aos 29', só não marcou porque Eduardo fez uma grande defesa.

Rolando 6
Esteve muito bem nas bolas corridas, conseguindo controlar os movimentos de Nélson Oliveira. O pior foram as bolas paradas, mais por culpa da estratégia usada pelos encarnados em colocar o seu avançado português a servir de tampão, bloqueando e impedindo Rolando de chegar aos lances. Vítor Pereira queixou-se disso no final.

Mangala 5
Estreia agridoce nos clássicos em Portugal. Fez um bom golo de cabeça, que colocou na altura o FC Porto em vantagem, e acumulou uma série de bons cortes. Porém, está diretamente ligado a dois golos do Benfica. No primeiro falhou um passe e entregou a bola ao adversário; e depois deixou Cardozo fugir, no 3-2, ele que até tem na velocidade a sua principal arma.

Alex Sandro 5
Melhor a atacar do que a defender, onde sentiu dificuldades, sobretudo quando Bruno César lhe apareceu pela frente. Compensou com excelentes investidas no ataque e penetrações na área dos encarnados, que mereciam melhor acompanhamento.

Defour 6
Está longe de ter a capacidade destrutiva de Fernando - Aimar aproveitou isso - mas fez um jogo interessante, pela entrega e disponibilidade física demonstradas. Procurou não inventar e jogar pela certa. Tentou, mas não conseguiu, evitar o 2-2 de Nolito.

João Moutinho 7
Teve pormenores técnicos deliciosos entre dois e até três adversários, conseguindo quase sempre sair com a bola controlada. Uma grande exibição a defender, mas sobretudo a atacar. Colocou a bola milimetricamente na cabeça de Mangala para o segundo golo do FC Porto. Foi o único capaz de fazer transições seguras e o mais regular da equipa.

Lucho 6
Fez o 1-1 com sorte, é certo, devido ao desvio em Nolito, mas teve o mérito de aparecer com espaço à entrada da área. Aliás, surgiu várias vezes na carreira de tiro e esteve perto de bisar por duas vezes: numa tentou em jeito fazer o chapéu a Eduardo e na outra, na cara do guarda-redes, errou a pontaria. Foi o primeiro a sair, por questões físicas.

Hulk 7
Quando tocou na bola pela primeira vez já o FC Porto estava a perder, mas não precisou de muito mais tempo para começar a "partir a loiça", aproveitando ao máximo a falta de ritmo e de "rins" de Capdevila e Jardel. Foi assim que assistiu Lucho para o 1-1 e, pouco depois, Álvaro Pereira, que falhou ao segundo poste. Na segunda parte, voltou a escolher El Comandante para um fantástico cruzamento. Só pecou nos remates: nenhum acertou na baliza. Nem de livre.

Álvaro Pereira 5
Falhou uma emenda ao segundo poste no lance mais vistoso em que participou. Foi aposta para o ataque no corredor esquerdo, porém, somou bem menos cruzamentos do que quando é lateral. Além disso, não foi grande ajuda para Alex Sandro.

Kléber 4
Jogo ingrato porque raramente teve bola, mas também é verdade que podia ter-se esforçado mais para ganhar espaços. Não teve arte para aproveitar uma oferta de Jardel, aos 51'. Pouco depois, finalmente, um bom movimento, com um mergulho para cabecear. A bola foi desviada.

James 5
Lançado, outra vez, a meia hora do fim, para o vértice mais adiantado do meio-campo, mas agora sem influência no resultado. Sacou amarelos a Javi e Witsel, que só o conseguiram travar recorrendo à falta. E pouco mais…

Janko 4
Tal como Kléber, não lhe chegou qualquer bola em condições de finalizar. A que ia chegar foi anulada por fora de jogo a Hulk.

Iturbe -
Premiado com cinco minutos de clássico em que tocou na bola três ou quatro vezes. Foi um aperitivo, que ajuda a estimular-lhe o ânimo, mas não chegou para tirar conclusões sobre a evolução de mais de meio ano na sombra dos acontecimentos...

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