sábado, 21 de abril de 2012

Trio demolidor volta a juntar-se


Janko volta esta noite ao onze do FC Porto, juntando-se a James e a Hulk no ataque. Kléber não resultou em Braga e a aposta pontual em Hulk a ponta-de-lança, mesmo que tenha valido um golo e os três pontos no AXA, não faz tanto sentido quando a equipa joga em casa e deliberadamente ao ataque. Por isso, Vítor Pereira aposta em Janko para as despesas do ataque, até porque o austríaco é o ponta-de-lança que garante mais triunfos: 78%, contra 55% de Hulk e 53% de Kléber.
Entre Hulk e James Rodríguez, o austríaco sente-se bem, ainda que nem sempre com a taxa de eficácia que os adeptos e o próprio treinador gostariam. Porém, este trio funciona bem e os números são a prova. Desde a chegada de Janko (e também de Lucho, embora só o dianteiro venha ao caso), a equipa marcou 19 golos no campeonato. Três às custas do próprio austríaco e oito a repartir de igual forma entre o Incrível e El Bandido. O extremo-direito fez também três assistências para golo e o colombiano mais cinco. Mas duas foram para Hulk, ao passo que uma das do brasileiro foi para James. Assim sendo, e contas devidamente feitas, temos 16 dos 19 golos da equipa com a participação direta de pelo menos um dos três elementos que esta noite estarão no ataque ao Beira-Mar. Ou seja, estão em 84% do pecúlio da equipa. Um número não pode ser desvalorizado: este é mesmo um tridente mortífero.
Se alargarmos a contagem a todas as competições, encontramos quatro golos de cada um num total de 24 da equipa. E ainda 11 assistências dos homens que têm essa responsabilidade: cinco de Hulk, seis de James.
Voltando a Janko, este foi vítima em Braga do facto de só ter marcado um golo nos últimos sete jogos pelos dragões, beneficiando agora da incapacidade de Kléber para quebrar um enguiço que já dura há quase cinco meses. O último golo do brasileiro foi a 27 de novembro, precisamente contra os arsenalistas, mas no Dragão. Vítor Pereira exclui-o depois definitivamente em favor de Hulk no eixo. Com a chegada de Janko (três golos nos três primeiros jogos) o treinador retomou o esquema com um "verdadeiro" ponta-de-lança, fórmula que agora recupera com o regresso do "gigante".
Contra o Beira-Mar, Janko procura retomar os bons indícios que deu à chegada; Hulk quer tornar-se já no melhor marcador de sempre do Estádio do Dragão (está a um golo de Falcao) e, eventualmente, igualar James como máximo goleador portista nesta edição da Liga; já o colombiano corre atrás do Incrível na luta pelo título de melhor marcador da equipa em todas as provas. Em resumo, todos têm excelentes motivos para voltarem a ser decisivos...

Iturbe salta para a bancada


A ausência de Iturbe da lista de convocados de Vítor Pereira para o jogo com o Beira-Mar é o principal efeito colateral dos regressos de Fernando e Danilo às opções. Nem com Álvaro Pereira de fora a cumprir suspensão sobrou espaço para o jogador argentino nos 18 escolhidos pelo técnico, pelo que Iturbe volta assim a sentar-se na bancada neste encontro. De fora, por opção, mantém-se o central Mangala, que já não tinha sido convocado para a deslocação a Braga. Kadú, terceiro guarda-redes, é o outro ausente.


Iturbe salta para a bancada


A ausência de Iturbe da lista de convocados de Vítor Pereira para o jogo com o Beira-Mar é o principal efeito colateral dos regressos de Fernando e Danilo às opções. Nem com Álvaro Pereira de fora a cumprir suspensão sobrou espaço para o jogador argentino nos 18 escolhidos pelo técnico, pelo que Iturbe volta assim a sentar-se na bancada neste encontro. De fora, por opção, mantém-se o central Mangala, que já não tinha sido convocado para a deslocação a Braga. Kadú, terceiro guarda-redes, é o outro ausente.

Defour protegido pelo princípio da chiclete



A disponibilidade de Fernando - e consequente convocatória - não alterará o figurino do último meio-campo do FC Porto, o mesmo que foi bastante elogiado em Braga. Assim, Defour permanecerá na equipa titular e o Polvo terá de esperar no banco por uma oportunidade.
Em primeiro lugar porque, tal como já aconteceu em Paços de Ferreira e o próprio Vítor Pereira explicou, o brasileiro está parado há algum tempo e o seu ritmo não é, nesta fase, o ideal. Em segundo porque o treinador é, nestes casos, coerente. Assim, e de acordo com o "princípio da chiclete" que o próprio celebrizou, não fazia sentido subtrair Defour à equação do onze para recuperar imediatamente Fernando. Esse princípio defende que não se deve deitar fora habituais suplentes que sejam usados com sucesso em necessidades de aperto. Foi o caso de Defour, sacrificado em Braga numa posição mais recuada do que a que prefere, mas com um rendimento que agradou bastante à equipa técnica e à crítica. Tal como Maicon e Varela, anteriormente, Defour terá direito a alguma sequência na equipa titular. Maicon, por exemplo, soube agarrar definitivamente a oportunidade que o princípio da chiclete lhe deu. Varela também o estava a conseguir fazer, mas uma lesão estragou-lhe a afirmação. No caso de Defour será mais complicado, dada a habitual importância de Fernando no esquema de Vítor Pereira.
Porém, tal como O JOGO já escreveu, a solução Defour parece ser a melhor que nos últimos quatro anos foi encontrada para ser alternativa ao Polvo, que por hábito seca todos os concorrentes. O belga até nem começou bem a experiência a trinco, pois a equipa foi criticada depois de vencer em casa do Nacional e, logo depois, e de perder na Luz, para a Taça da Liga. Contudo, na única possibilidade que teve de jogar como trinco no Dragão contra um adversário do quilate do Beira-Mar (no caso o V. Setúbal), foi um dos principais impulsionadores da goleada por 3-0. E em Braga foi o melhor em campo.


Danilo volta à chamada dois meses depois

Dois meses depois, Danilo voltou a ser convocado. A chamada não é estranha, uma vez que Vítor Pereira tem o hábito de guardar no banco um central e um lateral. Como Alex Sandro avança para o onze, Rolando ficaria a ser o único defesa à disposição para uma eventual mudança. Assim, Danilo também fará parte dos suplentes. E, se o jogo correr de feição, até pode regressar à competição, seja na lateral ou no meio-campo.

Alex Sandro quer provar crescimento


Depois de ter sido titular na vitória em Setúbal, à 19ª jornada, Alex Sandro terá hoje a segunda possibilidade de jogar de início no campeonato. O castigo de Álvaro Pereira abre-lhe as portas do onze e o desafio é provar o crescimento que tem registado, ao ponto de ter sido utilizado em quatro dos últimos cinco desafios, tendo até marcado um golo em casa do Nacional da Madeira.
Alex Sandro chegou a Portugal no final de agosto, mas passou por um longo período de adaptação. O seu valor nunca foi questionado, até porque Mano Menezes o convocou, mesmo sem jogar no clube, para a seleção brasileira. Mas o estatuto de Álvaro Pereira e as diferenças do futebol português para o brasileiro condenaram-no a apenas duas aparições - e tímidas - nos primeiros quatro meses.
Progressivamente, o lateral foi melhorando e ganhando confiança. Em fevereiro jogou três vezes e nos últimos 30 dias completou então a melhor série, com quatro jogos.


3 questões

Rodolfo Reis, ex-médio do FC Porto
"Fernando dá mil a zero ao Defour"

1
Defour jogou muito bem em Braga, mas Fernando está de volta. Que aposta será mais acertada?
Eu acho sempre que um treinador tem de meter os melhores em cada posição. Se o Fernando está em condições, tem de jogar. Naquela posição não há outro jogador. Há remedeios. Defour esteve bem, é certo. Mas se Fernando está bem, qual a dúvida? Naquela posição dá mil a zero ao Defour.
2
Segundo esse raciocínio, Defour cabe, neste momento, na equipa noutra posição que não a de trinco?
Defour é um grande jogador e o que fez em Braga demonstra isso. Mas o FC Porto tem muitos grandes jogadores. Esteve bem como trinco, mas é um médio mais adiantado. Para a posição dele há ainda João Moutinho e Lucho González. E, na minha opinião, eles ainda estão uns passos à frente de Defour.
3
E qual é, neste momento, o ponta-de-lança mais indicado para atacar o Beira-Mar?
Janko. É um jogador de área. E em casa, o FC Porto ataca constantemente e precisa de presença na área. Jogando com Hulk é uma equipa de transição, de contra-ataque. Por isso, eu jogaria com um verdadeiro ponta-de-lança. E Janko dá mais garantias do que Kléber, que é um belíssimo jogador, mas não está confiante.


in "ojogo.pt"




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