sábado, 26 de maio de 2012

"Discurso foi o mais forte apelo à violência de que há memória"


O FC Porto quer que a Procuradoria-Geral da República investigue o "ataque à honra e à imparcialidade dos juízes e da polícia" feito por Luís Filipe Vieira no discurso de anteontem, em que chamou "ladrão" a Pinto da Costa e remexeu no processo "Apito Dourado". Para os dragões, não há dúvidas que o discurso do presidente do Benfica "consiste no mais forte apelo à violência no desporto de que há memória em Portugal" e não é admissível "o orgulho, admiração e agradecimento mostrado pelos gestos e insultos de um seu funcionário", no caso Carlos Lisboa.
De acordo com o comunicado ontem publicado pelo site do FC Porto, é assim que se avalia o "carácter do leitor", ou seja, Luís Filipe Vieira, que é sempre tratado desta forma por só "ler o que outros lhe escreveram".
Vieira usou o termo "burros" para classificar aqueles que "acreditam que a impunidade vai durar para sempre." O FC Porto também, mas para classificar outro tipo de pessoas, essencialmente os que "só tiram a cabeça da toca de vez em quando e que nunca são capazes de dar a cara nas repetidas derrotas", em alusão ao silêncio de Vieira nos últimos desaires benfiquistas e ao facto de só ter falado depois de ser campeão de basquetebol.
Ainda segundo o comunicado, burros são também "os que se deixam levar por textos a fingir de anjos e arcanjos, enquanto o passivo dos nove anos de gestão do leitor galopou dos 83,9 para mais de 400 milhões de euros, os que permitem a quem nunca mostrou competência alterar os estatutos às escondidas para que ninguém ouse disputar-lhe a presidência, e os que se deixam contentar com dois campeonatos e uma taça enquanto o leitor enche pneus de inveja com os títulos nacionais e internacionais do FC Porto", num recado direto para o presidente que, em tempos teve um negócio de pneus. "Burros são os que ainda levam a sério o leitor", classifica o documento, citando frases proferidas por Vieira em que, sucessivamente, prometeu títulos e um desempenho brilhante a nível europeu. "Burros são os que pela força do hábito não sabem lidar com a vitória. Podem continuar a tentar ganhar eleições à nossa custa, mas continuam a ver o FC Porto ganhar camião de títulos. E nem o camião nem os títulos são roubados", lê-se ainda.

Fecho do basquetebol é hipótese


Segundo O JOGO apurou, o FC Porto enviou ontem uma carta ao presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB), Mário Saldanha, pedindo-lhe que se retratasse das declarações proferidas no rescaldo do FC Porto-Benfica e que foram encaradas como uma "gota de água", ao ponto de o clube ponderar a sua continuidade no basquetebol.
Na exposição que fez, o FC Porto mostra o seu desagrado em três pontos fundamentais: aquele que considera ser um tratamento diferenciado em relação às transmissões televisivas do basquetebol, atendendo a que os jogos na Luz são exclusivo da Benfica TV e o direto do quinto jogo, no Dragão, foi televisionado pelo Porto Canal, mas sem autorização da FPB, que ameaçou com sanções; a ausência de Mário Saldanha em todos os jogos da final e particularmente no último, de consagração do campeão; e, por fim, os comentários do presidente federativo sobre os acontecimentos no Dragão Caixa, e particularmente quando terá falado numa "invasão de campo" que não existiu.
Desagradado com tudo o que envolveu a final, o FC Porto espera a resposta de Saldanha, enquanto analisa uma eventual saída da modalidade.

in "ojogo.pt"

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