quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Carlos Alberto recorda «batismos» no F.C. Porto


Depois de um ano sem títulos, o Vasco da Gama prepara a nova época com ambições renovadas. Carlos Alberto, um dos elementos mais experientes do plantel, vê chegar novos «recrutas», e recorda, com um sorriso nos lábios, os «batismos» a que foi sujeito no F.C. Porto.

«Fizeram o almoço da equipa, que serve para apresentar o novato. Fomos até à Mealhada, região famosa pelos leitões. Chegámos ao restaurante e disseram que eu ia comer as orelhas do porco, que era a melhor parte. Eu nunca tinha comido leitão, mas provei. Era a pior parte. Horrível. Parecia que tinha comido carvão. Fiquei com as mãos e os dentes pretos. Tiraram-me uma foto e colocaram no balneário. Pensei que estava batizado», recorda o médio, hoje com 28 anos.

Mas Carlos Alberto, que chegou ao Dragão em 2004, ainda não se tinha livrado das partidas dos colegas. No dia seguinte, quando se preparava para o treino, foi avisado por Jorge Costa, Deco e Vítor Baía que José Mourinho queria falar urgentemente com ele. Quando se preparava para entrar no relvado viu o técnico com cara de poucos amigos, e foi então que surgiu um verdadeiro batismo. «O Costinha, o Bosingwa e o Nuno estavam por cima e atiraram-me água gelada. Era inverno e estava muito frio. Todo o mundo riu da minha cara, e o Mourinho participou em tudo», recorda.

O jogador destaca, de resto, a sintonia que existia entre portugueses e brasileiros. «No autocarro já havia pandeiro e tantã. Os portugueses já diziam «resenha» e «migué». No fim da época já faziam churrasco e cantavam pagode», afirma.

Já na Alemanha, onde representou o Werder Bremen, o ambiente era diferente. «Precisava sempre de perguntar o que eles estavam a dizer, pelo que era o último a rir das piadas. Jogava consola na concentração, mas sem falar. Era muito chato, pois cada um ficava no seu quarto. Aqui no estágio do Vasco da Gama, por exemplo, os quartos estão sempre cheios. Por isso o ambiente é muito melhor», garante.

Carlos Alberto também foi «batizado» na Alemanha - teve de pagar um jantar ao plantel e beber aquilo que os colegas ofereciam -, mas ainda assim a mentalidade era totalmente diferente: «Aqui no Brasil o ambiente é muito mais propício à integração. E está comprovado que isso influencia o rendimento em campo. No Vasco o ambiente é ótimo, pelo que o estágio acaba por ser muito bom, pela convivência.»


in "maisfutebol.iol.pt"

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