sábado, 4 de maio de 2013

Resolver cedo e esperar pelo fim do jogo (1x3)


Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Nacional da Madeira, Vítor Pereira atirou praticamente a toalha ao chão, dizendo que o título será entregue ao Benfica. No entanto, na Choupana, os jogadores azuis e brancos deitaram qualquer polémica para trás das costas e limitaram-se a fazer o que lhes competia, conquistar os três pontos para colocar pressão sobre os encarnados, acabando por vencer por 3x1.

Fundamental foi a entrada forte em jogo por parte dos dragões, pois aos 22 minutos já vencia, por três golos de diferença, com golos de James Rodríguez, Mangala e Lucho González, de grande penalidade. A reação do Nacional da Madeira também surgiu de penálti, com Candeias a ser o autor do tento de honra da formação orientada por Manuel Machado.

Com este resultado, o FC Porto continua no segundo lugar e está provisoriamente a um ponto do Benfica, que esta segunda-feira defronta o Estoril. Por sua vez, o Nacional da Madeira corre o sério risco de ficar arredados das competições europeias na próxima temporada.

Primeira parte de muitos golos e de domínio do FC Porto

Dificilmente o FC Porto teria imaginado uma entrada tão boa em jogo, a ponto de chegar a meio da primeira parte com uma vantagem de três golos.


Lucho González, de penálti, marcou o terceiro golo do FC Porto ©Catarina Morais
O primeiro golo do encontro, apontado por James Rodríguez aos dez minutos após uma jogada em esforço de Silvestre Varela e assistência de Jackson Martínez para a finalização do compatriota, surgiu já depois dos bicampeões nacionais terem ameaçado a baliza defendida por Gottardi por duas vezes: uma ameaça foi de James Rodríguez e a outra, antes do golo do número 10, teve a assinatura de Jackson Martínez.

Conseguida a vantagem no marcador com o golo de James Rodríguez, o FC Porto poderia ter ampliado o resultado cinco minutos depois, mas o cabeceamento de Mangala foi travado pela barra da baliza do Nacional da Madeira.

Nesta altura era a equipa orientada por Vítor Pereira que dominava o jogo e por isso foi uma questão de tempo até Mangala fazer o 0x2 de calcanhar, embora no momento da assistência de João Moutinho o francês esteja adiantado.

Ainda os adeptos azuis e brancos festejavam o golo de Mangala e já Cosme Machado assinalava uma grande penalidade a favor dos forasteiros, oportunidade que, aos 22 minutos, Lucho González aproveitou para colocar o resultado em 0x3.

Até à obtenção do terceiro golo do FC Porto, o Nacional da Madeira não tinha conseguido causar perigo junto da baliza de Helton, acabando o golo dos madeirenses por surgir de penálti ao minuto 27, com o árbitro a marcar mão de Mangala dentro da área. Na conversão, Candeias viu Helton a adivinhar o lado e a tocar no esférico, mas o voo do brasileiro foi insuficiente para impedir o tento dos insulares.

No entanto, apesar do golo sofrido, os comandados de Vítor Pereira continuam por cima do jogo e até ao intervalo podiam ter ampliado a vantagem, não fosse a grande defesa de Gottardi após remate de Silvestre Varela.

Danilo viu Miguel Rodrigues desviar um remate seu para o poste ©Catarina Morais
Uma questão de saber gerir o jogo e o resultado

Para a segunda parte, Vítor Pereira pedia mais do mesmo à sua equipa, mas o mesmo não se pode dizer de Manuel Machado que, insatisfeito com o rendimento dos seus jogadores ao longo dos primeiros 45 minutos, fez duas substituições ao intervalo, fazendo entrar Claudemir e Ladji Keita para os lugares de Moreno e Mateus.

A verdade é que as substituições não surtiram efeito e o FC Porto, não tão ofensivo como na primeira parte porque também não precisou disso, acabou por controlar a partida, oferecendo a posse de bola ao adversário mas mantendo-o longe da baliza à guarda de Helton.

Apesar de menos rematador, certo é que o FC Porto foi a equipa que esteve mais perto de marcar ao longo da segunda parte, apesar do resultado não ter sofrido alterações. Primeiro foi Danilo que viu Miguel Rodrigues a cortar um cruzamento seu para o poste e logo a seguir foi Lucho González a aproveitar um erro defensivo e a obrigar Gottardi a defesa difícil. Por seu lado, o melhor que os insulares conseguiram foi um remate perigoso de Candeias ao lado, à entrada do minuto 90.


in "zerozero.pt"

1 comentário:

dragao vila pouca disse...

Com uma entrada fortísssima e cerca de 20 minutos que roçaram a perfeição, o F.C.Porto marcou três golos, resolveu o jogo e depois controlou, ganhando com toda a justiça, apesar da reacção do Nacional após o golo de Candeias.
Com Varela, belíssima exibição e importantíssimo no melhor período azul e branco, no lugar de Atsu e Abdoulaye ao lado de Otamendi, derivando Mangala para a posição de lesionado Alex Sandro, o conjunto de Vítor Pereira desde logo tomou conta do jogo e encostou o conjunto insular às cordas. Trocando a bola com uma qualidade de passe bem melhor que em partidas anteriores, maior velocidade e com uma dinâmica que envolvia todos os jogadores, num carrossel em que ninguém tinha lugares fixos, a equipa portista, chegou merecidamente à vantagem por James - Varela acreditou que a bola não saía; em esforço tocou para Jackson; o colombiano tira de forma brilhante um defesa do caminho, leva a bola junto à linha de fundo e na cara do guarda-redes, tocou para James facturar. Belíssimo golo! A vencer e claramente por cima, com a equipa madeirense aturdida, o bi-campeão não abrandou, continuou no mesmo ritmo, com a mesma qualidade e vontade de resolver. James, grande jogo, num lance estudado, após um livre, fez uma grande abertura para Moutinho, o nº 8 que se tinha desmarcado para o espaço nas costas da defesa do Nacional, de cabeça assistiu Mangala e o francês, de calcanhar, aumentou a vantagem - foi mais um golo muito bonito. Como o 3-0 veio logo a seguir, num penalty indiscutível sobre Varela que Lucho transformou, tudo ficou decidido. Apesar do conjunto de Manuel Machado ter reduzido passados 5 minutos e procurado reentrar no jogo, nunca esteve em causa a vitória do F.C.Porto que até final controlou e até podia ter marcado mais um ou outro golo.

Foi um bi-campeão que cumpriu a sua obrigação, aumentou a pressão, mostrou que não desiste, que vai tentar tudo para que o título dure até ao fim.
Aguardemos para ver o que vai acontecer na segunda-feira...

Abraço