terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Modelo de Lopetegui mais acutilante

COMO TUDO MUDOU EM QUATRO MESES

Antes das críticas à rotatividade exacerbada, as maiores queixas que aqueceram as orelhas de Julen Lopetegui centravam-se na falta de objetividade da equipa.

A obsessão pela posse de bola era assumida, mas tanto os remates como os golos surgiam a conta-gotas, suscitando desconfiança quanto à viabilidade do conceito.

Veja-se o caso do playoff da Champions, contra o Lille, onde os dragões alcançaram o objetivo essencial de acesso à fase de grupos conseguindo três golos em apenas 14 remates. Um contraste gritante com os 50 remates que os portistas realizaram só nas duas últimas rondas da 1.ª Liga, castigando V. Setúbal e Gil Vicente com nove tentos. E passaram pouco mais do que quatro meses...

A evolução do modelo de jogo de Julen Lopetegui tornou o FC Porto mais acutilante e permitiu implementar um estilo agressivo que vai muito mais de encontro às preferências dos adeptos. Transparece a ideia de que, para além do crescimento natural da própria equipa, também o treinador deixa transparecer um processo evolutivo natural em quem enfrenta o seu primeiro desafio ao mais alto nível no banco de um clube.

O FC Porto tem o melhor ataque do campeonato (36 golos contra os 34 do Benfica), só foi superado por um golo pelo Chelsea (16 contra 17) na fase de grupos da Liga dos Campeões, o período no qual a UEFA faz incidir o seu registo estatístico, e parece ter consolidado uma vocação para marcar em quantidade e, também, com grande qualidade.

in "record.pt"

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