sábado, 22 de janeiro de 2011

Beira Mar-F.C. Porto, 0-1 (destaques)

Hulk juntou mais um cromo à colecção


Hulk

Se não há Falcao, há Hulk. Não é ponta-de-lança e nota-se a tendência para procurar as alas mas que importa quando o brasileiro consegue, não raras vezes sozinho, desfazer o nó mais apertado? Por outras palavras, tornou fácil o que parecia difícil: ganhou a grande penalidade e converteu-a no 17º golo no Campeonato em 16 jogos, somando o quinto jogo consecutivo a marcar. E se André Villas Boas diz que não há ópera, o brasileiro teve um lance para nota artística máxima, aos 61 minutos, quando tentou um chapéu a Rego. . . da linha de fundo. O Beira Mar era, em conjunto com a Académica, a única equipa a quem ainda não tinha marcado. Deixou de o ser, porque o Incrível já tem esse cromo na colecção.

James Rodríguez

Supersónico embora nem sempre esclarecido em zona de finalização - as vezes remata quando poderia servir um companheiro, outras faz o contrário - , não dá um lance por perdido, nem tem medo de arriscar. Prova disso, foi um petardo que deve ter deixado as pontas dos dedos da mão direita de Rui Rego a ferver, numa noite tão fria. 

Varela

O seu jogo electrizante não dá descanso aos defesas contrários. Foi o primeiro a tentar acelerar a partida. Muito atento, aproveitou a desatenção de Renan para iniciar a jogada que permitiu a Hulk ganhar o «penalty». Apesar de muito rematador, esqueceu-se de afinar a mira antes da partida. Perdeu fulgor com a passagem do tempo e foi o primeiro a sair. Compreende-se porquê.

Rui Rego

Só não defendeu o remate de Hulk, a escassos onze metros. De resto, foi acumulando defesas, começando com uma grande «mancha» quando o brasileiro goleador lhe apareceu sozinho na frente e terminando com um voo para desviar para canto um foguete de James.

Hugo

Está em grande forma e parece que deve ter-se desfeito do BI tal a qualidade que demonstra em cada intervenção pese a veterania. Praticamente intransponível pelo ar, foi autoritário e determinado em muitos lances, com cortes providenciais. Quando tudo parecia perdido, lá estava ele a resolver, como aconteceu numa jogada de Djamal, que, com excesso de confiança, quase comprometia. 
Renan

Apesar de esta época ser mais frequente jogar a defesa esquerdo, é no meio-campo que parece sentir-se mais à vontade. Ali, consegue conciliar a grande apetência atacante, com a voluntariedade que tem para defender. O seu pé esquerdo parece possuir régua e esquadro, tal a forma como desenha passes para os seus colegas. É sempre muito útil, e indispensável, na bem montada equipa de Leonardo Jardim. Só teve uma mancha: o passe disparatado no lance que acabou por resultar na grande penalidade que definiu o marcador. 

Djamal

O tampão defensivo dos auri-negros foi o polícia do samurai Bellushi, a quem não concedeu qualquer espaço. Pelo meio, a sua zona de acção, foi muito difícil ao Porto canalizar jogo. Sempre muito solicitado nas bolas paradas, quer ofensivas, quer defensivas.


in "maisfutebol.iol.pt"

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