domingo, 20 de fevereiro de 2011

ALTA ROTAÇÃO EM MÁXIMA ROTATIVIDADE

A 14.ª vitória na fase regular do FC Porto Ferpinta, somada este sábado, frente ao Sampaense (94-79), fica ligada a uma longa lista de nomes. Aos dos que não jogaram e aos dos que, não sendo soluções preferenciais, foram «intimados» a desempenhar o papel de titulares. Mais fácil do que o esperado, o mais recente triunfo no Dragão Caixa fica, em última análise, a dever-se a toda a equipa, da qual emergiram Terrell e Marçal.

Se as ausências de Carlos Andrade, João Soares e Miguel Miranda colocavam um duplo problema, reduzindo as soluções para as posições de extremo e provocando, em simultâneo, a perda de vários centímetros, o enigma foi solucionado bem cedo, na qualidade indubitável de uma resposta colectiva em que se destacava o acerto de Julian Terrell e de Nuno Marçal.

Ao intervalo, quando os Dragões gozavam de uma ampla vantagem de 19 pontos (43-24), o norte-americano já tinha atenuado os efeitos do invulgar défice de estatura, conquistando 11 ressaltos, e o português resolvido as dúvidas sobre o índice de produtividade dos extremos, distinguindo-se como o melhor marcador da partida até então, somando 12 pontos, um por cada minuto de utilização. 

O brilho de Sean Ogirri surgia estrategicamente circunscrito à imprevisibilidade do drible e à forma hábil como assistia e preparava as mais insuspeitas situações de finalização, até ao momento em que gerou o instante mais aplaudido da tarde, jogando com o cronómetro e reservando o lançamento exterior para a última fracção de segundo do terceiro período: a bola entrou já com a tabela iluminada e o público de pé.

Com o jogo ganho (o 14.º em 15 possíveis) e a vantagem portista na casa das três dezenas, Moncho López elevou o regime de rotatividade e terminou a partida com Pedro Catarino, Diogo Correia, João Soares, Greg Stempin e André Pereira em campo. Nessa altura, 23 minutos de acção tinham bastado a Julian Terrell para compor um «duplo-duplo» de 10 pontos e 16 ressaltos (mais de metade dos números globais do adversário), numa equipa em que todos marcaram e na qual cinco dos seus elementos atingiram uma pontuação de dois dígitos.

Apesar de reconhecer os lapsos defensivos revelados no último quarto, que permitiu a redução substancial da vantagem, embora sem nunca colocar em risco a vitória, Moncho López sublinhou o desempenho dos mais jovens, atribuindo-lhes um papel crucial na tentativa de minimizar as consequências das lesões de três jogadores fundamentais. «A verdade é que estão conseguir manter o nível de jogo da equipa», observou, no final da partida, o treinador dos Dragões.

FICHA DE JOGO

III Campeonato da Liga, 16.ª jornada
19 de Fevereiro de 2011
Dragão Caixa, no Porto
Assistência: 706 espectadores

Árbitros: Paulo Marques, Nelson Guimarães e Jorge Cabral (AB Porto)

FC PORTO (94): José Costa (5), Diogo Correia (13), Nuno Marçal (14), Greg Stempin (17) e Julian Terrell (10); Sean Ogirri (11), João Soares (9), David Gomes (4), Pedro Catarino (5), André Pereira (6)
Treinador: Moncho López

SAMPAENSE (79): Jorge Sing (10), Riley Luettgerodt (30), Pedro Azevedo (6), Helder Carvalho (6) e Jessan Ashley (23); Joel Almeida (2), Dário Furtado (0), Nuno Perdigão (0), Chris Sampson (2)
Treinador: Jaime Moutinho

Ao intervalo: 43-24
Por períodos: 24-14, 19-10, 27-21 e 24-34


in "fcp.pt"

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