quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Kléber tem portas abertas no defeso

Fica em aberto a possibilidade de Kléber, avançado do Marítimo que o Sporting quis contratar em Janeiro, tornar-se leão no próximo defeso. Esse é um dos cenários que se induz das palavras de Carlos Pereira, presidente dos verde-rubros, que revela a O JOGO os contornos de um negócio que se gorou, confirmando ter exercido o direito de preferência pelo jovem brasileiro, cedido até ao final da época pelo Atlético Mineiro.

O clube de Minas Gerais travou o negócio acertado entre José Couceiro, director-geral da SAD leonina, e Carlos Pereira, presidente do Marítimo, ao recusar uma proposta avançada pelos leões no valor de 2,530 milhões de euros, superior à que tinha sido aceite ao FC Porto no último defeso, de 2,3 milhões de euros, pelo presidente do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil. De imediato, Carlos Pereira exerceu o direito de preferência definido contratualmente por valor idêntico à melhor proposta - a dos leões -, dando conhecimento à FIFA, que poderá intervir caso se mantenham as diferenças de interpretação dos responsáveis jurídicos do Marítimo e Atlético Mineiro, com quem Kléber tem um contrato até 2014. A troca de palavras começou com Alexandre Kalil a considerar "ridícula" a proposta do Sporting, com conhecimento do Marítimo, negando que os insulares tenham exercido o direito de preferência.

Carlos Pereira assegura a O JOGO: "As declarações do presidente do Atlético Mineiro estão cheias de contradições e dependem da hora e local onde são feitas. A verdade é que accionámos o direito de preferência, que terminava no dia 31 de Janeiro e demos conhecimento à FIFA. O valor oferecido foi idêntico, como definido, à melhor proposta apresentada, precisamente 2,530 milhões de euros. O dinheiro não tem cor. Não é do Sporting, do FC Porto, Atlético Mineiro ou de outro. Não se percebe como não foi aceite uma proposta de 2,5 milhões de euros agora e, no Verão, o Atlético de Mineiro ter aceite 2,3 milhões de euros do FC Porto", atirou o presidente do Marítimo, que no futuro negociará com quem... quiser, assegura.

"Marítimo não exerceu direito de preferência"

Alexandre Kalil, presidente do Atlético de Mineiro, garantiu a O JOGO que o Marítimo não exerceu qualquer direito de preferência sobre Kléber. "O que aconteceu foi muito simples: o Sporting apresentou uma proposta com o conhecimento do Marítimo e apenas isso. Poderíamos ter aceite, mas recusámos e ponto final. O Marítimo não exerceu o direito que tinha até ao fim de Janeiro", disse. Já o agente FIFA Luciano Brustollini atirou: "Não soubemos de nada."

"Lamento aliciamentos feitos pelas costas"

Carlos Pereira, presidente do Marítimo, considerou a proposta do Sporting por Kléber como "muito boa", deixando o "ridículo" para adjectivar a oferta feita pelo FC Porto no último defeso, atacando a postura dos seus responsáveis. "Não faço ideia se o jogador poderá ir para o FC Porto. A proposta que apresentaram é que era ridícula e disse-o ao jogador e ao seu empresário. As condições apresentadas pelo Sporting eram muito boas. Lamento é que os aliciamentos sejam feitos nas costas de instituições que até jogam na mesma Liga. A humildade cai sempre bem. No Marítimo, somos humildes, mas não pedintes", disse a O JOGO. O agente FIFA de Kléber, Luciano Brustolini, recusa "especulações" que apontam o avançado ao FC Porto: "O único contrato assinado é o de empréstimo."

Djalma recusou contrato

As negociações entre Marítimo e Sporting, no fecho do mercado de Janeiro, envolveram, para além de Kléber, o avançado Djalma, que termina contrato em Junho, tendo os dois emblemas chegado a acordo... em vão. É que o internacional angolano "não aceitou" as condições propostas, como desvenda Carlos Pereira, presidente dos insulares: "A proposta do Sporting era interessante para o Marítimo e boa para o jogador. Disse que não lhe interessava. Se tenho esperanças em renovar? Não, já fizemos uma proposta que foi recusada".

in "ojogo.pt"

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