segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O FC Porto um a um

A ESTRELA: Varela (6)

Se passar pela cabeça de alguém que Varela foi escolhido como figura do jogo porque marcou o golo que devolveu o FC Porto às vitórias, pode ter a certeza de que está completamente certo: Varela foi mesmo escolhido por isso. Um excelente golo, por sinal. Não só porque resulta de uma jogada desenhada a três, com James e João Moutinho a traçarem as coordenadas, mas também porque o golpe de cabeça foi digno de um ponta-de-lança de raiz, que, como se sabe, é coisa que vai faltando a este FC Porto. Varela assinou mais um golo decisivo, mas, depois disso, foi desaparecendo. Como os outros. Não conseguiu imprimir a velocidade desejada para abanar a equipa, com uma honrosa excepção na segunda parte, período em que voltou a carimbar outro remate de perigo relativo (58'), tendo sido substituído na parte final. Enfim, parece pouco - e é pouco... - mas esse pouco que fez valeu três pontos. Portanto, figura por exclusão de partes.

Helton 5
Sem ter feito uma defesa digna de registo, foi chamado a jogo para controlar a bola com os pés, o que fez com tranquilidade relativa, a contrastar com a sensação de insegurança que pairou na defesa portista até ao fim.

Sapunaru 5
Beneficiou do facto de Yazalde procurar espaços interiores para ganhar algum fôlego defensivo, mas, apesar de até ter começado o lance do único golo, foi poupadinho nos ataques.

Rolando 6
Conseguiu limpar parte da sujidade provocada por uma equipa anormalmente apática e desastrada no passe em zonas proibidas. Anulou alguns contragolpes que o Rio Ave foi tentando à custa dessas desatenções portistas.

Otamendi 5
Contagiado, aqui e ali, na tentação do disparate, em passes de risco ou intervenções incompletas, ainda que daí não tenham resultado grandes sobressaltos.

Sereno 5
Atenuante: teve de enfrentar Bruno Gama, um dos mais irrequietos do Rio Ave. Passou por embaraços defensivos, compensados com uma entrega que teve poucos seguidores. Saiu lesionado.

Fernando 4
A forma como, aos 75', perdeu a bola e viu um amarelo levou o adepto mais pacífico a perder a paciência. Aliás, ouviu assobios. Dez minutos antes, até tinha recuperado uma bola com autoridade, provocando desequilíbrios à frente. Enfim, oscilações. Mas, na zona que lhe compete, não pode ter deslizes no passe tão gritantes. E foram muitos.

João Moutinho 6
Se outro mérito não houvesse (e, de facto, não houve muitos...), convém lembrar que ficou ligado ao golo com um cruzamento perfeito. Errou mais do que é costume no passe, mesmo quando procurou ser prático na distribuição de jogo.

Rúben Micael 5
Entrada terrível em jogo, com um passe falhado que levou o público a arquear as sobrancelhas. Depois, deu sinais de subida de rendimento, procurando servir de muleta de apoio ao ataque. Até rematou, mas foi desaparecendo no meio de uma equipa em baixas rotações...

James 6
Começou determinado. Bailou na jogada do golo, servindo Moutinho, e testou os reflexos de Paulo Santos com remates fortes e colocados. De resto, foi mesmo o mais rematador do FC Porto, o que é bom. A segunda parte é que foi um longuíssimo eclipse...

Hulk 5
Espera-se muito dele, mesmo ao meio. É por isso, por ter elevado o nível, que se estranham exibições como esta: longe da acção ou, pior ainda, inconsequente. Um remate à figura de Paulo Santos, aos 41', e a forma como o atrapalhou, aos 65', foram excepções a um cinzentismo inédito.

Guarín 3
Um remate, já aos 90', e a sensação de que não mudou nada na confusão do meio depois de ter entrado.

Fucile 3
Voltou ao lado esquerdo devido ao azar de Sereno e, numa fase difícil, até nem entrou mal. Não inventou...

Mariano 3
Tempo apenas para um remate, aos 86', e a certeza de que não complicou, nem desatou, mais do que os outros.

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