segunda-feira, 30 de maio de 2011

Estavam destinados a ir à negra!

O factor casa foi novamente decisivo na final do play-off da Liga Portuguesa. O Benfica aproveitou de novo o facto de jogar perante o seu público para voltar a empatar a eliminatória (3-3), deixando todas as decisões para a próxima quinta-feira, no Dragão Caixa (21h00). E nesse dia, o vencedor do derradeiro confronto da época será mesmo campeão nacional. Desde 2007/08 que o campeonato não era decidido num sétimo encontro e, nessa altura, a Ovarense venceu o FC Porto na negra.
Ao contrário do que aconteceu no futebol, as águias não deixaram o rival festejar um título em sua casa, num jogo de menor qualidade, mas que teve emoção e incerteza até os últimos segundos e ainda algumas decisões polémicas da equipa de arbitragem. No final, Moncho López referiu que a sorte é determinante nestes desafios equilibrados, e essa esteve do lado do Benfica. Uma felicidade, porém, procurada pelos encarnados, sobretudo após o intervalo.
Os portistas estiveram em vantagem quase todo o encontro - chegaram a ter uma margem de dez pontos - e pareciam ter o desfecho controlado no primeiro tempo, com a defesa à zona a funcionar na perfeição, impedindo o adversário de encestar.
Tudo mudou após o descanso graças a um público que sempre acreditou na reviravolta - estiveram cerca de duas mil pessoas no Pavilhão da Luz - e a um inconformado Ben Reed. O extremo puxou pelos colegas, marcou os cestos mais importantes e ganhou os lances livres que decidiram o jogo.
Quando o último período começou, a diferença era de apenas de um ponto, favorável aos portistas, e, nos últimos três minutos, o marcador esteve empatado durante várias vezes, chegando a antever-se um prolongamento. Foi aí que começou um duelo entre dois norte-americanos, Ben Reed e Gregory Stempin. O portista, com 23 pontos, foi o melhor marcador, mas quando o cronómetro chegou ao fim, quem sorriu foi o seu compatriota benfiquista.

Declarações

Henrique Vieira Treinador do Benfica

"Fomos mais fortes no carácter e na entrega"

À semelhança dos outros jogos que o Benfica venceu nesta final, Henrique Vieira destacou o espírito de equipa. "Falhámos em muitos aspectos, nomeadamente nos lances livres, o que nos obrigou a sermos superiores em outras factores, como na entrega e no carácter. Fomos mentalmente fortes", salientou. Sobre o derradeiro jogo da época, na próxima quinta-feira, no pavilhão do rival, o técnico encarnado defende que "a pressão está dos dois lados" e espera um bom espectáculo: "Ambas as equipas têm jogadores experientes e que sabem o que fazer em situações destas."


Moncho López Treinador do FC Porto

"Se dizer 'vai à merda' ao árbitro não é técnica..."

"Reclamei de uma falta sobre Gregory Jenkins e sofro uma técnica. Eu não vou mudar a minha maneira de ser e não sei se o problema é a pronúncia do Norte. Depois, coisas de que eu já conheço o significado, como 'vai-te foder' e 'vai à merda', de pessoas que se dirigem aos árbitros não são faltas técnicas...", disparou, de forma contundente, Moncho López sobre um dos lances em que se sentiu prejudicado. Apesar da derrota, o técnico espanhol estava satisfeito com o desempenho dos jogadores: "Defendemos bem até onde nos deixaram e não tivemos a sorte que é precisa nestes jogos."

in "ojogo.pt"

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