quarta-feira, 18 de maio de 2011

Otamendi na luta de extremo

A fibra de um argentino que gosta de grande desafios. Varela e James, a dúvida que não chega a ser existencial. 

Numa equipa tão bem mecanizada como o FC Porto, que fez um Campeonato inteiro sem perder um único jogo e chega à final da Liga Europa quase com uma perna às costas, uma dúvida no onze não ocupa mais que o espaço necessário a uma frase: o que importa se joga Varela ou James? Ok, o jovem colombiano é um fogo ambulante que aquece o jogo ofensivo do FC Porto, mas Varela tem o factor experiência do seu lado, o que numa final pode fazer a diferença.

Ambos têm um golo na prova, os dois andam praticamente a par no que respeita à titularidade: James foi primeira opção em quatro das oito partidas em que participou, Varela em cinco dos 11 desafios em que foi utilizado. Pode parecer uma grande diferença, mas o português tem apenas mais 113 minutos na Liga Europa do que o colombiano. Se calhar, temos que ver este filme ao contrário: Varela e James traduzem de forma fiel o equilíbrio da gestão de Villas Boas e competitividade interna que anima o plantel portista. Pergunta-se: os problemas do SC Braga diminuem ou aumentam em função de jogar um ou outro? Há de facto uma luta de extremos, a possível numa equipa que tem Hulk na galeria de génios, mas existe, acima de tudo, uma equipa que não depende deste tipo de detalhes para ganhar jogos. 

Diferente é o equilíbrio defensivo. Aí, o adversário dos portistas mostra dentes afiados e Otamendi é o homem certo para formar com Rolando a dupla de centrais. Certo, porquê? O argentino esteve num plano fracote frente ao Marítimo, porque não se encaixa em partidas de baixa intensidade emocional. O que ele gosta mesmo é de pressão alta, e quanto mais alta melhor. 

Há futebolistas que quebram perante um desafio gigantesco. Com Otamendi acontece o contrário, definha se não houver adrenalina a correr no relvado e um troféu para agarrar. O argentino mostrou de que fibra é feito nos encontros que disputou com o Benfica. Encaixa como uma luva na habitual estrutura utilizada por Villas Boas e até foi o próprio treinador, na projecção que fez da final, que lançou a ideia de que não irá haver surpresas no onze. 
É evidente que nada de revelador saiu do treino portista na Arena de Dublin, dividido por uma parte física e outra em que a bola rolou ao sabor do talento de cada um.


in "abola.pt"

1 comentário:

dragao vila pouca disse...

Meus amigos do F.C.Porto, não vou estar com grandes considerações, não vou falar em pressão, motivação, confiança, seja no que for, vocês sabem o que têm a fazer e como fazer. Hoje em Dublin, disfrutem e gozem o momento.
Estar numa final europeia não acontece todos os dias e há muitos que nunca lá vão chegar, por isso, aproveitem bem o jogo, dêem o vosso melhor, caprichem, ganhem, porque as finais são para ganhar. É dos vencedores que rezará a história.
Eu confio e acredito.
Força Porto!!!

Um abraço