domingo, 19 de junho de 2011

Helton tem a inspiração de Iker Casillas

BRAÇADEIRA E BALIZA


Foi surpreendente a aposta de Villas-Boas em Helton para a liderança da equipa. É verdade que a braçadeira ficou com o elemento com mais anos de casa, mas nunca o FC Porto tinha tido um capitão principal estrangeiro na era Pinto da Costa e também é raro ver o guarda-redes a assumir tal responsabilidade.
Aliás, Co Adriaanse negou-a a Vítor Baía, por entender que estaria demasiado longe das incidências e do controlo do grupo. Um preconceito infundado, porque o melhor guardião da atualidade é capitão tanto do Real Madrid como da seleção espanhola.
Casillas serve de inspiração, até porque em Portugal não há outros exemplos, apesar de Nilson (V. Guimarães) e Rafael Bracalli (Nacional) terem, muito pontualmente, envergado a braçadeira. Ter líderes na baliza é um dos pontos que continuam a unir André Villas-Boas e... José Mourinho.
Mas a tradição dos guarda-redes capitães está bem explícita na América do Sul, onde os jogadores desta posição costumam ter posturas muito vincadas e excêntricas. Rogério Ceni é o rosto do São Paulo, à imagem do que acontecia com José Luis Chilavert no Paraguai.
Personalidades ímpares e sem paralelo com a serenidade que transpira das atuações de Helton. É inegável que o brasileiro deu um salto qualitativo na última temporada, mas nunca quis detalhar a importância que a braçadeira teve nessa maior preponderância e rendimento individual.~
in "record.pt"

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