terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O abraço que o fez sentir em casa

A expectativa era grande e Danilo não desiludiu em dia de estreia. Pelo contrário. Poucos segundos depois de ter pisado o relvado do Estádio do Dragão, fez um grande passe para Álvaro Pereira. Os adeptos gostaram e aplaudiram. Danilo também, ao ponto de ter elogiado a "torcida" no final da partida. No dia seguinte à estreia, O JOGO tentou perceber como tinham sido as últimas horas de Danilo, antes e depois do jogo, e encontrou as respostas em Fúlvio Misorelli, "agente e grande amigo" do internacional brasileiro, que se encontra na cidade do Porto a acompanhá-lo durante estes primeiros tempos da nova aventura. No meio de algumas inconfidências, uma curiosa sobre Rui Quinta, o adjunto de Vítor Pereira. "Falei com ele [Danilo] um pouco antes do jogo e estava absolutamente tranquilo. Percebeu que podia entrar durante a partida e sentia-se feliz. Mas houve um pormenor que foi muito importante para ele, para além, claro, do grande apoio que sentiu dos adeptos. Ele contou-me que as palavras do Rui Quinta foram fundamentais; o mister deu-lhe um abraço e transmitiu-lhe boas sensações. O Danilo disse-me que, naquele momento, se sentiu como se estivesse em casa, muito tranquilo e ainda mais confiante para começar a mostrar o que vale", explicou.
A forma "fantástica" como tem sido recebido no FC Porto estende-se a "todas as pessoas", mas aquele pormenor do adjunto de Vítor Pereira foi, para Danilo, "mesmo muito importante", contou Fúlvio Misorelli, que garante uma "experiência perfeita" nestes primeiros tempos em Portugal. "Para o Danilo tem sido tudo fantástico. Hoje [ontem], acordou muito feliz, depois de ter tido uma boa estreia. Já se sente completamente adaptado, apesar de estar cá há pouco tempo, e até pensava que ia estar mais frio... Foi muito bem recebido por todos e sente que já têm um grande carinho por ele. Está tudo a ser perfeito", prosseguiu.
Fúlvio Misorelli trabalha com Danilo desde 2008, mas a relação entre os dois está muito para lá do lado meramente profissional. "Somos grandes amigos e o que posso dizer é que o Danilo não podia estar mais contente nesta altura. Ele é muito reservado, mas também é muito seguro de si. Tenho a certeza de que vai ser bem sucedido no FC Porto", revelou.

Folga para tratar da... mobília

Em condições normais, depois de uma grande noite, o dia de folga deveria servir para Danilo desfrutar tranquilamente o momento. Não foi o caso. Tudo porque o brasileiro não descansa enquanto não estiver instalado na sua nova casa. O brasileiro almoçou no hotel com o pai, e os empresários Fúlvio Misorelli e Jean Neto. Depois, foi tratar de alguns assuntos pessoais. O jantar foi em casa de Hulk. "Fomos ao banco e à nova casa; andámos a tratar da mobília. O Danilo está com muita vontade de ter o seu espaço e esperamos que se mude já na próxima semana. Ele é muito caseiro, muito tranquilo, e gosta de ter a família por perto. Por isso, pretende que a mãe e os irmãos estejam cá dentro de 15 dias", contou Misorelli.
A história serviu para embalar outra, mais concretamente os elogios ao "grande profissionalismo" do FC Porto. "É impressionante o apoio que tem tido do clube. Em tudo. Mesmo nas questões relacionadas com a família e a sua vinda para cá". Para já, Danilo tem tido a companhia do pai e de alguns amigos, entre os quais Misorelli e outro bem mais conhecido. "Neste momento, o Alex Sandro é o seu grande amigo. Por motivos mais do que óbvios: jogaram os dois no Santos e na selecção. Mesmo as duas famílias dão-se muito bem. Antes dos jogos, estamos sempre na brincadeira na sala familiar do Dragão."

No meio-campo só por culpa dos golos

A dúvida mantém-se: afinal, onde gosta mais de jogar Danilo? Apesar de se ter estreado no meio-campo, o brasileiro até tem passado quase todos os treinos a defesa-direito, algo pouco relevante para Fúlvio Misorelli. "Nesta altura, o Danilo já apresenta uma maturidade que lhe permite jogar nas duas posições. Ainda no outro dia lhe voltei a fazer essa pergunta e ele respondeu-me que só gostava mais de jogar no meio-campo porque ali tem mais possibilidades de rematar e fazer golos. Mas, de resto, é-lhe indiferente", explicou. Aliás, o agente vê nesta discussão muitas semelhanças com a chegada de Danilo ao Santos. "Quando ele foi para lá, também se falou muito onde é que poderia render mais... Ele, na altura, disse que preferia jogar a defesa-direito, mas, em consequência da sua qualidade, foi mais utilizado no meio-campo. E também gostou. Hoje em dia, ele já não valoriza muito essa questão", rematou.

in "ojogo.pt"

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