sexta-feira, 16 de março de 2012

Despertador toca mais cedo fora de casa

O empate com a Académica, com um golo obtido pelo FC Porto já nos descontos, ilustra as dificuldades que a equipa de Vítor Pereira tem sentido para inaugurar o marcador em jogos do campeonato, no Estádio do Dragão. A média aponta para um "sofrimento" necessário de 48 minutos até aos festejos dos adeptos. Mas fora de casa, a tendência vai no sentido oposto e o FC Porto só precisa, em média, de 33 minutos para marcar o primeiro golo.
Esta tendência para começar a resolver os jogos mais cedo fora de casa evidenciou-se particularmente em Setúbal, com um golo de Janko marcado aos 3 minutos, e na Luz, com Hulk a disparar um míssil logo aos 7' e a dar ali um primeiro passo importantíssimo para que o FC Porto pudesse chamar a si a vitória no clássico. Sem deixar de sublinhar os empates fora de casa a zero golos com Feirense, Olhanense e Sporting, importa frisar que os azuis e brancos apenas viram "adiado" o primeiro golo fora de portas para a segunda parte na derrota em Barcelos, num jogo que correu mal à equipa e que resultou na primeira e única derrota do FC Porto esta época no campeonato. À exceção desse encontro da 17ª jornada, os campeões nacionais marcaram sempre o primeiro golo ainda na primeira parte quando jogaram fora de casa, evitando o sufoco de terem de o fazer no segundo tempo.
Mas a equipa raramente entrou com vontade de matar o jogo nos minutos iniciais, portanto, à exceção do que aconteceu em três das 22 jornadas disputadas (em Setúbal, na Luz e em casa contra o Gil Vicente). Mas essa tendência confirma uma abordagem ao jogo mais fechada dos adversários no Dragão, que já obrigaram os adeptos azuis e brancos a sofrer até à última meia hora em sete jogos, antes de ver a equipa inaugurar o marcador e respirar de alívio. A Académica foi o último opositor a conseguir isso e esteve mesmo à beira de levar os três pontos para Coimbra, não fosse o golo obtido de penálti, que evitou aquela que teria sido a primeira derrota do FC Porto em casa, esta temporada, em jogos da Liga.
A deslocação à Choupana poderá ajudar a confirmar a tendência se os azuis e brancos aproveitarem a primeira parte para marcar e aliviarem a partir dali a pressão de ter de dar uma resposta positiva a seguir ao empate com os estudantes.

Assunto foi abordado a seguir ao empate com a Académica


Explicações para tanto sofrimento até conseguir marcar no Dragão foi o que Vítor Pereira e os jogadores do plantel procuraram perceber, no balneário, durante 40 minutos, antes do treino que marcou o início da preparação do jogo com o Nacional. O técnico referiu-se a essa mesma dificuldade no final do encontro com os estudantes, mas não revelou as causas, nem as conclusões a que terão chegado e muito menos abordou a questão na antevisão da deslocação do FC Porto à Madeira, numa altura em que a equipa precisa de recuperar a confiança perdida.

in "ojogo.pt"

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