terça-feira, 1 de maio de 2012

Capital de confiança

IMAGEM DE VÍTOR PEREIRA SAIU REFORÇADA



O calendário ainda apresenta mais dois compromissos oficiais, mas os grandes objetivos já se acabaram. A duas semanas do fecho das oficinas no Dragão o tempo é de balanço e, simultaneamente, de definição, já com a próxima temporada em tempo de mira. Inevitavelmente, e com o mercado de transferências ainda em aquecimento, é a questão do comando técnico que ganha uma importância destacada entre as prioridades azuis e brancas.

Após as palavras de Pinto da Costa, anteontem, durante a festa da conquista do 26.º título de campeão nacional por parte dos dragões, tornou-se evidente que Vítor Pereira granjeia capital de confiança suficiente e que aponta à sua continuidade no Dragão. E tudo devido à sapatada dada pela equipa na segunda parte da temporada, nomeadamente após o fecho do mercado de inverno...

Pinto da Costa nunca despediu um campeão
"MODUS OPERANDI" DEIXA PISTAS

O “modus operandi” de Pinto da Costa na gestão da continuidade dos seus treinadores não contempla a dispensa de um campeão nacional com contrato em curso. Nestes 30 anos de presidência, nunca o dirigente despediu um treinador com vínculo ao clube, que tenha conseguido sagrar-se campeão nacional da época anterior e, com contrato vigente até ao final de 2012/13, Vítor Pereira enquadra-se neste perfil.

Se houve treinadores que não continuaram na Invicta depois de terem envergado a faixa de campeão, as suas saídas deveram-se a convites do exterior, final de contratos ou rescisões por parte dos técnicos. O caso mais recente de um treinador que venceu o campeonato e viu a sua aventura no Dragão terminar na época seguinte foi, como não podia deixar de ser, de André Villas-Boas. Tal como ele, José Mourinho, Bobby Robson e Tomislav Ivic prosseguiram as respetivas carreiras por convite de outros emblemas. Outros viram os seus ciclos terminar devido ao final dos respetivos contratos, não obstante terem saído do clube como campeões nacionais, como por exemplo Carlos Alberto Silva e António Oliveira.Já o holandês Co Adriaanse foi o único que rescindiu unilateralmente no início da sua segunda temporada, depois de se sagrar campeão.

Tabu.

Ainda assim, Pinto da Costa manteve ontem o tabu sobre o futuro de Vítor Pereira. “Se fosse responder a isso ia retirar a possibilidade de alguns jornais terem notícias para inventar. Assim vão-se entretendo”, respondeu, lacónico, em declarações prestadas à Antena 1, quando se dirigia para o funeral da antiga glória portista, Francisco Nóbrega.

in "record.pt"

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