segunda-feira, 16 de março de 2015

RUI ÁGUAS "Lopetegui tinha que arriscar e Aboubakar marcou logo"

Selecionador de Cabo Verde elogia, em exclusivo a O JOGO, a audácia do treinador do FC Porto e a capacidade de resposta da equipa, a começar por Aboubakar


Resistir à tentação de tirar um avançado para resguardar a defesa, logo após a expulsão do guarda-redes Fabiano ou o golo de Aboubakar, foi meio caminho andado para o FC Porto bater o Arouca. Rui Águas, selecionador de Cabo Verde, assistiu à última prova de fogo dos portistas e apreciou a coragem do técnico Julen Lopetegui. "A necessidade de vencer era muito grande. Em situações análogas, tira-se normalmente um atacante, mas isso não faria qualquer sentido para o FC Porto. Estava a jogar em casa e precisava de vencer, pelo que o treinador teve de correr esse risco", analisou.

A capacidade de resposta foi outro aspeto que o antigo internacional português e ex-jogador do FC Porto reteve da noite em que os dragões se viram obrigados a trabalhos forçados. "O FC Porto teve a virtude de forçar imediatamente e de marcar logo depois", avaliou, considerando "equilibrada" a gestão do jogo da parte dos portistas. "O timing das substituições pareceu-me bem", referiu.

Na frente, com a ajuda do talento de Quaresma, Aboubakar voltou a faturar. Algo que não espantou completamente Rui Águas. "O FC Porto perdeu uma opção de qualidade na frente (Jackson) e capacidade de retenção de bola, mas tem outra excelente nível. Já antes, nas poucas oportunidades que teve, Aboubakar havia respondido com qualidade e potência. É um ponta delança a considerar. Tem provas internacionais, representa a seleção do seu país, pelo que não é um jogador qualquer. É um marcador de golos, agressivo, forte, e com mobilidade. Quando os jogadores são bons e há disponibilidade, as coisas funcionam", considerou.

Entre a vitória sobre o Arouca e o empate com o Boavista, ainda na primeira volta, noutro jogo igualmente marcado pela expulsão de um jogador portista (Maicon), só a eficácia foi, de resto, diferente. "O Arouca não é um rival do Porto, mas o FC Porto desperdiçou muitos golos contra o Boavista. Desta vez, houve um golo", apontou Rui Águas, que não detetou sintomas de receio ou de fraqueza da parte da formação portista nos dois jogos. "Foi sempre um FC Porto superior. Os jogadores uniram-se e deram todos um pouco mais de si, pelo que o coletivo manteve-se forte", assinalou.


in "ojogo.pt"

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