sexta-feira, 11 de março de 2011

André Villas-Boas: "Esta vitória ainda não resolve nada"

Satisfeito com mais um triunfo - o sexto fora de casa na Liga Europa -, Villas-Boas admitiu algumas dificuldades na primeira parte para controlar os russos. "Na primeira parte, o CSKA teve algumas oportunidades perigosas, mas na segunda controlámos em absoluto, criando algumas ocasiões, umas mais consistentes do que outras. Conseguimos aparecer na cara do Akinfeev algumas vezes", frisou, lembrando que ainda há um segundo jogo. "Esta vitória não resolve nada e tudo pode acontecer no Dragão. Com o Sevilha passou-se isto, com mais um golo marcado, mas perdemos o jogo em casa e podíamos ter ficado de fora. É importante gerir o que o CSKA faz de bem, as saídas rápidas para contra-ataque e o jogo de profundidade, de maneira a sermos coerentes nos princípios do nosso jogo para tentarmos chegar primeiro ao golo. Se isso acontecer, em princípio, passaremos", considerou.

Villas-Boas não considerou ter sido um risco jogar com defesa subida e explicou como anulou as investidas dos russos. "Quisemos pressionar com o bloco alto e foi o que fizemos. Na segunda parte, e isso é mérito dos jogadores, resolvemos melhor a antecipação da profundidade do jogo do CSKA e pressionámos melhor. Foi importante que os jogadores tivessem percebido isso", sublinhou.

O técnico procurou, ainda, desvalorizar o recorde de triunfos europeus numa só época. "A vitória é do FC Porto e não minha. Além disso, este ciclo não terá significado nenhum se não juntarmos o troféu no final", frisou, admitindo que o relvado sintético condicionou a acção dos seus jogadores. "É óbvio que a bola se comporta de forma diferente e existe uma sobrecarga muscular na parte posterior das coxas dos jogadores, mas isso não serviria de desculpa para um mau resultado. Penso que nos mantivemos num bom nível, apesar desse cansaço. Fomos capazes de manter os nossos princípios."

Villas-Boas não quis explicar a escolha de Guarín para o onze. "O que tenho de valorizar é o facto de ter um grupo de jogadores que se mantém a um nível elevado. Chegar aqui só com um lesionado é mérito do nosso departamento clínico. Ter 22/23 disponíveis para trabalhar é muito bom, mas não gosto de falar sobre as escolhas individuais", referiu. A terminar, Villas-Boas garantiu que não gosta de fazer gestão pelo que vai apresentar o melhor onze em Leiria. "Hoje houve uma exigência física brutal e a prioridade é recuperar os jogadores, mas acredito que isso é mais fácil quando há algo que os alimenta: esta vitória e o sonho do campeonato são a nossa motivação. Escolheremos para o Leiria quem estiver melhor", concluiu.

in "ojogo.pt"

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