segunda-feira, 21 de março de 2011

Dragões seguem para o título. Só faltam 90 minutos

Para variar, mais uma vitória em casa. Villas Boas pode festejar o título, já na próxima semana, contra o Benfica


No congresso centrista deste fim-de-semana, Paulo Portas  pediu mais votos para "seguir para bingo". Ontem, também em tons de azul, o FC Porto ultrapassou mais um obstáculo na sua caminhada "para bingo", que neste caso não significa governo, mas mais um título de campeão nacional. A Académica foi o 13º adversário a deslocar-se ao Dragão para a Liga e saiu de lá como todos os outros: com uma derrota. Guarín teve papel fundamental com uma grande exibição e mais um golo, o quarto em jogos consecutivos. Pela manhã, o médio colombiano esperava Falcao junto à casa do avançado, como relatava no Twitter. No jogo, o número 6 também se fartou de esperar que Radamel resolvesse e foi lá à frente desbloquear uma vitória que parecia complicada. A partir daí, a Académica quase desapareceu do jogo, o treinador portista André Villas Boas pôde gerir o cansaço dos seus atletas e o FC Porto somou a 12.ª vitória consecutiva no campeonato, igualando a série conseguida por Jorge Jesus no Benfica.
Dos seis jogadores em risco de exclusão para a Luz, Villas Boas poupou três (Otamendi e Sapunaru não foram convocados e Helton ficou no banco), enquanto Alvaro Pereira e os médios Fernando e Guarín mantiveram a titularidade. Mas o FC Porto parecia mesmo já estar a pensar no jogo com as águias e entrou desconcentrado. Aos dois minutos a bola foi à mão de Rolando, na grande área, mas o árbitro não marcou penálti, no que foi uma decisão duvidosa. A Académica mostrava-se desinibida e só aos 21 minutos Hulk conseguiu a primeira situação de perigo para os dragões. Aos 31’ Addy passou a bola por cima de Beto e terminou com os 635 minutos (!!!) que o Porto já levava sem sofrer golos na Liga. A reacção do FC Porto demorou e só perto do intervalo a equipa azul e branca podia ter empatado, primeiro por Hulk, depois por Varela, mas o guarda-redes Peiser opôs-se com classe.
Depois, apareceu Guarín a mostrar o caminho do golo, aos 54 minutos, com um remate colocado à entrada da área. Maicon, que não fazia esquecer Otamendi, redimiu-se com o 2-1, numa boa cabeçada após canto de Hulk. Varela fechou a contagem aos 74 minutos, já depois do Incrível ter tentado um golo de letra que ficaria na galeria dos melhores da Liga (a bola saiu por cima). A Académica de Ulisses Morais foi um digno vencido, mas só teve pernas para aguentar os dragões durante 45 minutos. Agora, a possibilidade do FC Porto festejar o título na próxima jornada  em pleno Estádio da Luz, contra o Benfica, é apenas a cereja no topo do bolo para a equipa de Villas Boas. Poucos duvidam que o título esteja entregue. A "réstia de esperança" que Jorge Jesus pediu fica definitivamente afastada com este resultado. A passagem de testemunho é só uma questão de tempo.
in "ionline.pt"

Sem comentários: