quinta-feira, 7 de abril de 2011

Karpin: «Não conheço Villas-Boas, mas tem de ser muito bom...»

Treinador do Spartak admite que não gostou nada do que viu nos jogos dos dragões


Respeito pelo valor do adversário, mas confiança nas próprias possibilidades. É este o sumo da conferência de imprensa de Valeri Karpin esta quarta-feira no Estádio do Dragão. O treinador do Spartak Moscovo conhece a missão espinhosa que terá pela frente, mas não desarma. O Spartak veio a Portugal em busca de um bom resultado.


«É verdade que temos alternado entre exibições de nota 10 e exibições de nota 2. Espero que amanhã a equipa jogue com nota 10, pelo menos como fizemos com o Ajax. Se isso acontecer, há 80 a 90 por cento de hipóteses de correr bem», afirmou.



Karpin tem a equipa preparada para o embate, frisando que Welliton «é o caso mais preocupante», mas deve «estar apto» para encontrar uma equipa a quem atribiu o favoritismo. «São favoritos, sem dúvida. Porque têm um grande historial, já ganharam a Liga dos Campeões e a Taça UEFA. Têm mais tradição na Europa que o Spartak. O Porto só perdeu um jogo na Liga Europa, ganhou 23 e empatou dois no campeonato. Pelos resultados é um claro favorito», assumiu. 



«Vi oito jogos do Porto e claro que não fiquei contente. Todos os jogadores são muito, muito bons. Particularmente, fiquei mesmo muito admirado com o Falcao», confessou, antes de dar a sua opinião sobre André Villas-Boas.



«Não o conheço pessoalmente, só posso falar dos resultados. Parece saber muito de futebol e tem de ser muito bom para conseguir estes resultados. Como disse foram 23 vitórias e dois empates no campeonato. Melhor é impossível. Acredito que é um treinador com um grande futuro e vai mostrar isso. Espero é que não seja amanhã», brincou.



«Vir de uma derrota até pode ser bom¿»



O técnico desvalorizou ainda o facto de o campeonato russo estar no início, lembrando que «para equipas como o Porto ou o Spartak» é indiferente a altura da época. Quanto ao estilo de jogo apresentado, Karpin não abriu muito o jogo. «Vai depender do jogo em si. Em Marselha, por exemplo, jogamos à defesa durante grande parte do tempo. Amanhã o estilo vai depender como vai jogar o Porto», afirmou.



Os dois clubes vivem momentos antagónicos. Se o Porto vai entrar em campo com a memória bem fresca do título nacional conquistado na casa do grande rival, o Spartak vem de um início titubeante de campeonato, com duas derrotas em três jogos. «O facto de termos perdido até pode ser bom. Mas acho que amanhã quando entrarem no campo, os jogadores vão esquecer tudo o que está para trás e jogarão apenas com a cabeça neste jogo», frisou.



Karpin admitiu, por fim, que «não ficava triste com um empate», mas também «não saída daqui muito contente».

in "maisfutebol.iol.pt"

Sem comentários: