quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Rolando: "Não devemos favores a ninguém"


Com 17 derrotas em 185 jogos sob o comando técnico de Guardiola, o universo de probabilidades não é famoso para quem defronta o Barcelona. A equipa perdeu de formas variadas. Houve quem tentasse discutir o jogo e quem assumisse que havia que baixar linhas e apostar tudo nas saídas para o ataque. O que nunca aconteceu foi o Barça ficar abaixo dos 50 por cento na posse de bola. Percebe-se que o FC Porto se propõe a uma tarefa hercúlea. "O Barcelona é o vencedor da Liga dos Campeões e é conhecido pela qualidade do seu jogo. Mas se só tentarmos eliminar o jogo deles, não vamos fazer o nosso. Para contrariar uma equipa com posse de bola, tem de ser com posse de bola. É a única forma de os defrontar. Não será fácil, mas temos qualidade e experiência e vamos procurar o nosso jogo. É claro que o Barcelona é fora de série", admite Rolando, bravo na hora de dizer ao que veio, mas sem certezas de sucesso.

"Nunca joguei contra o Barcelona. Vejo pela televisão e muitas equipas tentam, mas o Barcelona é muito forte e não deixa jogar. Normalmente, a posse de bola é a nosso favor. É um pormenor importante e tentaremos ter a bola para nós, mas fundamental é fazer golos", avisa quem já este ano teve a oportunidade de travar um duelo com Messi, então num Portugal-Argentina (1-2). O contexto é totalmente diferente e não é legítimo afastar os dragões da contenda: "É uma final. Estamos aqui por mérito próprio, não devemos favores a ninguém. Tentaremos provar a nossa qualidade. Ganhar depende de muitos pormenores e detalhes, de um momento de inspiração."

Fala-se em inspiração e logo pensamos em Hulk. Afinal, ele tem sido omnipresente nos golos do FC Porto neste arranque de época. "O forte do FC Porto sempre será a equipa. Se assim for, depois há jogadores que, pelas suas características, fazem a diferença e destacam-se. O Hulk tem mais probabilidades de se destacar, gosta de ter a bola e tem prazer nisso. Mas a equipa precisa de estar bem para ele se destacar", desvia Rolando, para quem não vale a pena teorizar muito sobre o que pode ser o jogo: "Uma coisa é ver pela televisão, outra é estar em campo. Em casa vês tudo o que tens de fazer, analisas os espaços… Dentro de campo é diferente."

Bola. O Barça não vive sem ela, desespera quando não a tem. Pode o FC Porto lançar essa provocação suprema? "O objectivo é fazer golos e o Barcelona reclama a bola como esse pensamento. Quando tivermos a bola, temos de a proteger e atacar bem. Quando não a tivermos, há que defender", simplificou, preparado para correr mais do que o habitual: "Hoje em dia, ter pulmão é essencial. Se não estivermos bem, não temos a mínima hipótese."

in "ojogo.pt"

Sem comentários: