quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A dança das cadeiras


Dois jogadores equilibrados por posição é o mínimo que um treinador pede quando forma um plantel. Vítor Pereira não fugiu à regra dos compêndios, mas neste momento não tem só de gerir a luta de dois galos para cada poleiro. O estatuto de indiscutível conquistado, com mérito, por João Moutinho e Hulk, faz sobrar jogadores para duas posições homólogas. Aqueles que, em teoria, seriam as suas sombras, são agora as de outro colega. Para a direita do miolo e esquerda do ataque há três opções para uma só cadeira. E se hoje é fácil estabelecer uma hierarquia, o passado dos artistas e o que se lhes augura de futuro desfazem completamente quaisquer que sejam as contas mais óbvias.
No meio-campo, Guarín começou como parceiro de Moutinho pelo crédito acumulado o ano passado. Belluschi, que vinha a perder terreno, voltou ao onze na Marinha Grande e de forma muito meritória, o que lhe garante para já a continuidade no lugar. E ainda há Defour, que custou seis milhões de euros e não é um nome a descurar. Que o digam Juande Ramos e Alex Ferguson, que já o quiseram para reforçar Real Madrid e Manchester United, respectivamente. Num ápice tudo pode mudar. E o mais provável é que mude mesmo e de forma muito regular.
Quanto ao ataque, é James Rodriguez quem tem agora lugar cativo. Mas antes, contra o Barcelona, foi Cristian (o mais caro de todos) a começar. E no campeonato jogou sempre Varela. Se Hulk não jogar contra o Setúbal, um terá de ser desviado para a direita e o jogo de equipa pode tornar-se também um despique individual para saber, no regresso do brasileiro, quem se mantém no onze. E ainda há Djalma e Iturbe, por ora soluções com enfoque futuro.

Kléber reservou poltrona

O meio-campo e as pontas são as zonas do campo mais concorridas, mas as laterais, o eixo da defesa e até a posição de trinco também têm sofrido variação nos seus titulares. Sem concorrência, só Helton e Kléber. Obviamente Bracali e Kadú, no caso do guarda-redes, e Walter, no que respeita ao avançado, gostariam de poder discutir o lugar, mas a tarefa não é fácil. Helton já se sabia e é por isso mesmo que Kléber merece o destaque. Chegou há dois meses, mas já não tem qualquer sombra.

in "ojogo.pt"

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