quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O primeiro golo


E ao quinto jogo, chegaram os golos. Kléber marcou dois frente ao Leiria e começou a justificar os múltiplos sinais de confiança que foi recebendo dos responsáveis portistas. Depois de uma pré-temporada preenchida com cinco golos, os primeiros quatro jogos oficiais acabaram sem festejos do brasileiro, que serviram para levantar dúvidas e recordar... Falcao. Normal. Tão normal como o que se seguiu: pouco depois de se ter estreado a marcar - e logo por duas vezes -, Kléber recebeu uma imensidão de mensagens e telefonemas de felicitações. Uma dessas mensagens foi do amigo Rafael Mirada, compatriota do Marítimo com quem também partilhou o balneário do Atlético Mineiro. "Ainda não falei com ele, ao contrário do que é habitual, mas mandei-lhe uma mensagem a dar os parabéns pelos golos. Estou muito feliz por ele", afirmou.
Para trás, ficou uma fase sem golos, que parecia ter transformado Kléber num jogador mais ansioso, intranquilo e muitas vezes inseguro. Mas não. Rafael Miranda garante que o avançado esteve sempre "sereno", essa que até é a forma como é tratado por alguns companheiros do FC Porto, por o considerarem parecido com o defesa agora cedido ao Colónia! "Converso com ele quase todos os dias e esteve sempre tranquilo. Podem acreditar que é verdade. Nem falávamos muito sobre o facto de ele estar sem marcar, porque isso acaba por ser uma situação normal".
As conversas com Rafael Miranda também servem para melhor se compreender como é que no FC Porto se ultrapassam as supostas crises de confiança. "Ele só me diz maravilhas do clube e da cidade. Fala-me sempre de uma estrutura excelente e do acompanhamento fantástico que fazem aos jogadores. Também me está sempre a dizer que a cidade é linda e que tem muitas coisas diferentes para fazer... Enfim, é só elogios. Aliás, até fico com vontade de ir para lá com ele", concluiu, em jeito de brincadeira. Agora, "seguem-se mais golos do Girafão", como também é conhecido, depois de ter ultrapassado a barreira psicológica da ausência de golos.

Apoio da namorada e do amigo Maicon

Kléber chegou ao FC Porto e tratou logo de fazer amigos, naquele jeito "sereno" que até lhe valeu a alcunha no plantel. No grupo de trabalho tem um amigo especial, com quem partilha a maior parte do tempo livre. Maicon é o companheiro preferido e aquele com quem tem viajado na descoberta de uma cidade do Porto que rapidamente o encantou. O brasileiro, que tem apenas 21 anos, vive na Invicta com a namorada, que o tem acompanhado desde o primeiro dia desta nova experiência.

O primeiro golo

Falcao | O colombiano é um caso raro: chegou ao FC Porto e tratou logo de facturar em dia de estreia, na Mata Real. Entrou ao intervalo e marcou aos 78 minutos. Depois, seguiram-se mais três jogos consecutivos sempre a facturar.
Lisandro | Tal como Kléber, Lisandro também precisou de cinco jogos oficiais para se estrear a marcar no FC Porto. Na primeira época, o argentino participou em 26 jogos do campeonato - oito como suplente utilizado -, tendo apontado apenas sete golos.
Benni McCarthy | O sul-africano chegou a meio de 2001/02, tendo marcado de imediato, para a Taça. O primeiro golo no campeonato tardou 3 jogos, mas Benni acabou a temporada como uma interessante marca de 12 tentos em 11 encontros para a Liga...
Pena | O brasileiro teve um arranque incrível no FC Porto: marcou 13 golos em nove jogos consecutivos, 2 golos logo na estreia, contra o Paços. Pena terminou 2000/01 com um registo de 22 golos em 29 partidas disputadas para o campeonato.

in "ojogo.pt"

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