sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Mais Hulk


Quem acha que este não é o indomável Hulk que arrasou no início de 2010/11, não se engana. O Incrível 2011/12 está ainda melhor. As aparências iludem no sentido contrário, mas a verdade é que, neste arranque de temporada, o brasileiro tem sido ainda mais decisivo do que conseguiu ser no passado. Deixou foi os golos para outros protagonistas e puxou a si o mérito de ser influente também a assistir, outra faculdade que desenvolveu com André Villas-Boas, embora numa fase mais tardia da época. O FC Porto tem agora mais Hulk do que alguma vez teve.
Em Coimbra, o avançado assistiu os dois primeiros golos da equipa e aumentou para nove o número de passes decisivos já efectuados. A estes deve somar quatro golos, para um total de 13 tentos da equipa em que teve participação directa. Ao cabo de 12 jogos, não tinha na época passada registo melhor. É certo que já levava oito golos, mas apenas quatro assistências e um total de 12 acções objectivamente úteis. As leituras absolutas dirão que as diferenças são curtas de mais para que se possa estabelecer uma diferença assinalável. Mas o recurso às médias volta a vincar o Hulk actual como o melhor de sempre desde que , em 2008/09, chegou a Portugal. E de longe...
Os 12 lances contabilizados em 2010/11 representavam 46% do pecúlio total da equipa: 26 golos. O FC Porto de Vítor Pereira marca menos (22 golos), mas a percentagem de importância do internacional canarinho dispara: 59%.
Outra diferença: na época passada, sem ele, Andrés Villas-Boas venceu o Genk e o Beira-Mar. Agora, Vítor Pereira não conseguiu bater o Feirense. Ainda parece cedo para falar de dependência. Mas não para reforçar a sua vital importância.


A melhor época de sempre à distância de outro degrau

Fazer de 2011/12 a melhor época de sempre não é tarefa fácil (em 2010/11 somou 36 golos e 19 assistências) mas adivinha-se em função daquilo que tem sido o percurso de Hulk no FC Porto, todos os anos um degrau acima do anterior. Com Jesualdo Ferreira, no primeiro ano, fez nove golos e nove assistências em 42 jogos. Melhorar em 2009/10 era obrigatório, mas o castigo de quase três meses que lhe roubou 18 jogos criou dificuldades inesperadas. Ainda assim, foram 10 golos e 11 assistências em 32 jogos, numa média bem superior. Depois de chegar ao estrelato com Villas-Boas, agora pede-se novo passo em frente, rumo a um topo impossível de, no futuro, repetir.

in "ojogo.pt"

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