sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

FC PORTO UM A UM

A FIGURA: Fernando 7

Animal competitivo que adora estas batalhas

Incrível. Incrível. Não, não é gralha. Fernando foi mesmo incrível, num jogo que se apresentou na teoria como um quadro perfeito para o brasileiro colocar em prática todas as suas qualidades. Ele correu, lutou, ganhou lances e mais lances, dobrou na direita, na esquerda, e ainda conseguiu retirar quase sempre do jogo a capacidade física de Yaya Touré ou a imprevisibilidade de David Silva, os jogadores que mais vezes jogaram no seu raio de acção. É verdade que Fernando não conseguiu, nem nunca conseguirá, ser um transportador de bola ou um exímio passador, mas até isso o brasileiro tentou ontem, nos momentos em que se percebia que o resto da equipa se recusava a assumir o jogo. No confronto com uma equipa muito física, Fernando conseguiu ser ainda mais forte do que os adversários, sendo um dos poucos que se mostraram capazes de enfrentar a potência de um meio-campo do City repleto de gente muito competitiva. São estes os jogos que Fernando gosta e que fazem dele um dos atletas mais completos deste FC Porto.


Helton 6
Depois de uma primeira parte brilhante, com três defesas de um elevado grau de dificuldade, errou na leitura do lance que originou o primeiro golo do Manchester City, ao sair da baliza sem necessidade. No segundo, pouco ou nada podia ter feito.

Danilo 5
Azar. Muito azar. No primeiro grande teste desde que chegou ao FC Porto, o internacional brasileiro lesionou-se com aparente gravidade logo nos minutos iniciais da partida (19'), num lance em que até foi penalizado com o cartão amarelo por uma falta que não cometeu. A estreia europeia dificilmente podia ter corrido pior, num jogo em que Danilo até tinha deixado promessas de bom futebol.

Rolando 5
Pertenceu-lhe a primeira oportunidade de golo, mas o cabeceamento foi salvo em cima da linha por Clichy (15'). Lá atrás, teve uma exibição relativamente tranquila, sobretudo porque nunca se expôs demasiado ao erro.

Maicon 6
Atravessa um bom momento de forma e isso voltou a ser bem evidente na confiança que transmitiu em campo, não só no centro, onde começou o jogo, como também no lado direito.

Álvaro Pereira 4
O minuto 55 foi fatal para o lateral uruguaio: viu um cartão amarelo que o afasta da partida da segunda mão e, segundos depois, colocou a bola na própria baliza num lance infeliz que resultou no primeiro golo do City. No que sobrou da partida, demonstrou a mesma disponibilidade do costume para percorrer todo o flanco esquerdo, embora tenha sido quase sempre inconsequente no momento das decisões.

Moutinho 4
Uma perda de bola incrível, já nos minutos finais, acabou por resultar no segundo golo do City. Um erro grave, mas também pouco habitual no internacional português, capaz de apagar tudo o que de bom tinha feito durante todo o jogo.

Lucho 5
Voltou a ter um raio de acção demasiado curto para a sua qualidade e tentou simplificar o jogo da equipa, ao jogar quase sempre ao primeiro toque. Numa dessas tentativas, libertou Hulk no lance do golo de Varela, através de uma combinação perfeita. Pareceu acusar, no entanto, algumas debilidades físicas, que o acabaram por retirar do jogo durante largos momentos.

Varela 5
Apesar da má exibição frente ao Leiria, voltou a surgir na equipa titular, justificando a chamada com um golo pleno de oportunidade (27'). Apesar do momento que podia ter servido de embalo para uma grande exibição, também acabou por se perder na teia montada pelo adversário.

James 4
Acusou a responsabilidade do jogo e voltou a desperdiçar a oportunidade de se afirmar num grande palco. Percebeu-se, desde cedo, que estava demasiado preso de movimentos, nunca tendo conseguido libertar-se da boa estrutura defensiva montada pelo Manchester City. Para além disso, encontrou um adversário directo muito físico (Micah Richards) e que raramente lhe deu espaço para embalar.

Hulk 4
Na única vez em que jogou simples e para a equipa, assistiu Varela para o golo. No que sobrou de jogo, perdeu-se demasiado em acções individuais e pouco consequentes, que acabaram por desorganizar a equipa. É verdade que voltou a jogar no meio, onde se perde com maior facilidade, mas a partida de ontem, sobretudo depois do primeiro golo portista, até parecia desenhada para um jogador com as suas características. Não aproveitou a oportunidade e acabou por sair desvalorizado de um jogo apetecível.

Mangala 5
Entrou para substituir Danilo, mas acabou por terminar a partida da mesma forma que o companheiro de equipa, ou seja, lesionado. Esteve bem nos duelos individuais, embora tenha revelado imaturidade em alguns lances.

Kléber 4
Foi lançado na tentativa da equipa ganhar presença na área e libertar Hulk para uma ala, mas no regresso à competição teve o azar de entrar no pior período do FC Porto.

Defour -
Foi chamado ao jogo apenas para cumprir os últimos minutos do jogo.

in "ojogo.pt"

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