terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Hulk: "Já tinham entregue as faixas ao Benfica..."

Hulk reconheceu ontem, na seleção brasileira, que não esperava chegar ao jogo da Luz em igualdade pontual, mas garantiu também que o clássico da próxima sexta-feira vai ser decisivo para as contas do campeonato. "Confesso que não contava chegar lá com os mesmos pontos... A verdade é que há três jornadas já estavam a dar as faixas de campeão ao Benfica. Mas, como sabemos, o futebol dá muitas voltas e hoje estamos em igualdade pontual. Agora, vai decidir-se tudo na sexta-feira", afirmou o avançado, que se fartou de medir o peso das palavras por saber que elas ganham um peso especial quando se trata de um clássico.
Por isso, o brasileiro falou também de Luisão. Desculpem, do "amigo Luisão", com quem tem partilhado bons momentos na seleção e se prepara agora para voltar a defrontar no tal "jogo decisivo". "Somos companheiros de profissão e bons amigos. Independentemente de sermos rivais nos clubes, a amizade é sempre a mesma, até porque o futebol é um desporto de união e não de violência. Quando começar o jogo, cada um defenderá as suas cores, mas aquilo que temos é uma rivalidade saudável. Dou-me muito bem com ele na seleção. No entanto, quando voltarmos a Portugal isso acabou [risos]. Na quarta-feira, já estaremos a pensar no clássico, que é muito importante para o campeonato. E eu espero chegar lá a fazer um grande jogo", afirmou.
Um grande jogo, para Hulk, significa quase sempre marcar pelo menos um golo, o mesmo golo que anda sem aparecer há sete jogos. "É verdade, é muito tempo. E já tenho saudades daquele gostinho especial que se sente na comemoração. Mas, para mim, o mais importante é ajudar a equipa e isso eu tenho feito. Tenho dado o máximo, corro sempre nos limites e até tenho feito algumas assistências", enumerou o avançado.
Frente ao Feirense, Hulk até teve uma grande oportunidade para regressar aos golos, mas acabaria por falhar uma grande penalidade, a terceira da época. Apesar disso, o brasileiro garante que vai continuar a assumir a responsabilidade do momento no futuro, nem que esse futuro seja próximo, ou seja, já na sexta-feira. "Tenho confiança para continuar a bater os penáltis. Sem dúvida. Se não sentisse confiança, também não tinha tentado neste jogo com o Feirense. São coisas que acontecem. Desta vez falhei, mas marco da próxima. O futebol é mesmo isto." Hulk recusou, no entanto, a apresentar o cansaço pelo desgaste provocado pela sucessão de jogos para um eventual jogo menos conseguido frente ao Benfica. Aliás, até falou nas dificuldades que é preciso ultrapassar para ser "campeão". "É óbvio que estamos numa grande sequência de jogos e a fadiga acaba por aparecer sempre. Mas não serve de desculpa para nada, porque quem quer ser campeão tem de suportar tudo. O cansaço faz parte do futebol", concluiu.

O sonho das olimpíadas

Mano Menezes confessou, ontem, que os três jogadores com mais de 23 anos que vão representar a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos estão na Suíça, e embora seja pouco provável, Hulk enquadra-se no perfil. "Nunca se sabe. Se tiver essa oportunidade, ficarei muito feliz. É um título que o Brasil nunca conquistou e eu gostava de lá estar. Mas, se não for, ficarei a torcer na mesma." Apesar de, muito provavelmente, ir começar o jogo de hoje com a Bósnia no banco de suplentes - tal como Alex Sandro -, o avançado garante que "é sempre um orgulho representar a seleção". "Estou muito feliz por aqui estar novamente e espero dar o máximo para continuar a ter oportunidades."

Derrota pesada contra...a equipa de Neymar


Os últimos momentos do treino da seleção brasileira serviram para a habitual peladinha a meio-campo, altura em que os jogadores estão mais preocupados em divertir-se do que propriamente em treinar com intensidade. No entanto, essa parte do trabalho de ontem teve a curiosidade de Hulk ter feito uma das equipas, defrontando outra escolhida por Neymar. No final, o portista saiu derrotado por uns "pesados" 6-3. "Fui eu que escolhi a minha equipa, mas está na cara que não fiz as escolhas certas", brincou Hulk. Outra curiosidade foi o facto de o portista não ter escolhido Elias ou Luisão. "Claro que não os escolhi, mas foi para a brincadeira. Aquela parte do treino era mais para relaxar." E por falar em brincadeiras, já falou do clássico com Luisão. "Surgem sempre comentários", afirmou.

Neve, frio e um estádio cheio


Sol, neve e frio. Muito frio. Foi este o cenário que os quatro "portugueses" da seleção brasileira encontraram ontem em St. Gallen, a cidade que vai receber hoje o encontro entre o Brasil e a Bósnia. Apesar das circunstâncias climatéricas, mas também do facto de a maior parte dos habitantes da cidade não saberem sequer quem é Neymar ou Hulk, os cerca de 20 mil lugares do AFG Arena estão praticamente vendidos.

in "ojogo.pt"

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