sábado, 19 de maio de 2012

Benfica vence FC Porto e aproxima-se do título

triunfo por 67-66 na Luz

O Benfica derrotou o FC Porto, por 67-66, no Pavilhão da Luz, e está a um triunfo de conquistar o título nacional de basquetebol, pois lidera a final do "playoff" por 2-1.

Num jogo de grande intensidade, com muitas faltas e emoção, mas onde raramente se praticou bom basquetebol, os encarnados foram sempre mais fortes, justificando o triunfo, apesar da tremideira no último minuto (6 lances-livres consecutivos desperdiçados, um par de "turnovers" e duas faltas evitáveis a menos de 3 segundos do termo) que deixou os adeptos à beira de um ataque nervos e que levou o resultado para um "score" pouco condizente com o que se passou em campo.

Boa defesa, mau ataque

O FC Porto, com um lançamento curto, abriu o marcador, mas cedo o Benfica saltou para o comando, mercê de um maior acerto ofensivo, mas também de um desempenho de qualidade na defesa. Com efeito, os visitantes demoraram a encontrar a melhor maneira de fazer frente à agressividade contrária. Ainda assim, depois de solicitar um desconto de tempo e de proceder a alterações no conjunto, Moncho López logrou estabalizar a equipa.

Os escassos 3 pontos de vantagem dos encarnados no termo do primeiro período (20-17), não refletiam com exatidão o que se passara em campo. No entanto, a equipa da casa só podia queixa-se de si própria, pois nos últimos minutos do parcial inicial desperdiçou alguns lançamentos relativamente fáceis.

Mas, se os pupilos de Carlos Lisboa fecharam mal o primeiro quarto, não entraram melhor no segundo. Porém, desta feita, os dragões também se juntaram ao desperdício. Foi necessário esperar quase 3 minutos para que alguém descobrisse forma de fazer funcionar o “placard”. Mas quem esperava que os jogadores de ambas as formações animassem com o cesto de Carlos Andrade... enganou-se. As águias só pontuaram quando faltavam 5.52 minutos para o intervalo (triplo de Norris), mas nem por isso o FC Porto conseguiu passar para a frente.

O segundo período foi tão fraco do ponto de vista pontual (13-9) que chegou a fazer confusão ao muito público presente no Pavilhão da Luz, pois convém recordar que esta é final do Campeonato e frente a frente estão as duas melhores equipas nacionais. E se é justo atribuir algum mérito às defesas, manda a verdade dizer que o que se passou, na maioria das vezes, foi mau desempenho ofensivo por parte de ambos os conjuntos.

Tremideira

O terceiro período foi muito idêntico ao segundo, com os jogadores a sentirem demasiadas dificuldades para pontuar. Os erros foram tantos que os dois treinadores chegaram a desesperar. O Benfica, ainda assim, teve o mérito de praticamente segurar a vantagem que trazia da primeira parte (33-26 para 47-41).

No último quarto, os locais foram mais fortes durante 9 minutos, mesmo tendo jogado muito tempo com vários atletas próximos da desqualificação por faltas. Com normalidade, à entrada do derradeiro minuto, as águias dispunham de uma vantagem na casa das dezenas. Todavia, a exemplo do que sucedeu no jogo 2, o Benfica tremeu quando nada o fazia prever e a vitória que parecia segura por margem confortável, acabou por se verificar por um único ponto (67-66).

Individualmente, os veteranos Evans (16 pontos, 8 ressaltos, 5 roubos de bola e 1 assistência) e Norris (15 pontos com 4 triplos convertidos) foram os melhores elementos em campo.

Domingo, com início aprazado para as 17.30 horas, disputa-se o quarto duelo na final, do novo no reduto das águias. Para continuar a sonhar com o título, os dragões estão obrigados a vencer. Recorde-se que, em caso de necessidade, o quinto e decisivo embate terá lugar no Porto.

Ficha de jogo
Sob a arbitragem do trio composto por Luís Lopes, Carlos Santos e Paulo Marques, as equipas alinharam e marcaram:

BENFICA (67) – Marcus Norris (15), Ted Scott (14), Betinho (7), Heshimu Evans (16) e Elvis Évora (5). Jogaram ainda Diogo Carreira (3), Seth Doliboa (7), Frederick Gentry (0) e António Monteiro (0).

Treinador: Carlos Lisboa

FC PORTO (66) – Reginald Jackson (6), Carlos Andrade (14), João Santos (4), Gregory Stempin (5) e Robert Johnson (6). Jogaram ainda José Costa (6), João Soares (8), Miguel Miranda (7), Harry Cadell (0), Nuno Marçal (0), David Gomes (4) e Diogo Correia (6) .

Treinador: Moncho López

Parciais: 20-17, 13-9, 14-15 e 20-25

in "record.pt"

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