quinta-feira, 16 de agosto de 2012

RUI GOMES: “Todos querem mostrar a grande qualidade que têm”


Rui Gomes não ficou agradado com o empate em Tondela (2-2) na estreia do FC Porto B na II Liga, mas sabe por que motivo a vitória não veio para o Dragão e já o transmitiu aos seus jogadores. Para o técnico azul e branco, tudo se resume a uma questão de "maturidade", que vai sendo adquirida jogo a jogo. As correcções estão a ser trabalhadas e o foco já está no encontro com o União da Madeira.

Casa nova, o estilo de sempre
"Penso que não há maior ansiedade esta jornada por causa do jogo ser em casa. Só se for por irmos estrear um espaço novo, onde nunca jogamos. Só se for isso a servir como elemento diferenciador, porque de resto não temos motivos para encarar o jogo de uma forma diferente do normal. O FC Porto só será diferente a actuar em casa se o adversário nos obrigar a isso. A nossa intenção é, independentemente de jogarmos em casa ou fora, apresentarmos sempre a nossa forma de jogar. Da nossa parte não há intenção de que o factor casa ou o factor fora nos diferencie em termos de estratégia."

Adversário bem estudado
"Já vimos o União da Madeira jogar. Vimos o encontro da Taça da Liga e sabemos que são uma equipa extremamente experiente, com jogadores já muito batidos nesta e noutras divisões. Têm processos de jogo muito simples e parece-me que vêm para esperar pelo nosso erro, assumindo uma postura de espera e uma aposta em transições, bolas paradas e situações do género para tentar fazer a diferença. Espero uma equipa muito organizada atrás, com muitos jogadores atrás da linha da bola, para nos reduzirem os espaços e nos tentarem impacientar e explorar a nossa juventude e o nosso ímpeto ofensivo."

Empate em Tondela analisado de cima a baixo
"Nada me incomodou, porque nada do que aconteceu me surpreendeu verdadeiramente. Apenas houve a dura constatação de que poderíamos ter ganho o jogo, porque tínhamos condições para o fazer e não o fizemos. Partimos à frente e estivemos em superioridade numérica, mas faltou-nos maturidade, faltou-nos um pouco de traquejo para gerirmos essa situação favorável. Estando em vantagem, fizemos aquilo que o nosso adversário queria que fizéssemos: não controlámos o jogo, mantivemos um jogo de ataque continuado, de ataques rápidos, e isso promoveu um maior número de perdas de bola, o que lhes permitiu um jogo de transições, com mais oportunidades para chegar à nossa baliza. Aí aproveitaram as bolas paradas, um aspecto em que são fortes."

Erros serviram para aprender
"Lamento não termos sido suficientemente fortes nos lances de bola parada e não termos tido a maturidade para segurar o ritmo e a tendência do jogo numa altura em que estávamos em vantagem. Com o tempo, temos de ganhar este saber estar. Temos de estar muito mais concentrados em situações de bola parada. Nesta divisão, mais de 50 por cento dos golos surgem assim e nós temos de ser mais eficazes nesses lances. Temos de ser mais fortes a aproveitá-los e a evitar que os adversários façam o mesmo. Depois, temos de ser mais inteligentes na gestão do jogo e das incidências do jogo. É tudo uma questão de maturidade, pois todos estes jogadores são muito jovens e estão a passar por situações novas, mas todos eles têm uma grande ambição e querem mostrar competências e a qualidade que têm."

Elogios são bem-vindos, mas…
"Lidar com isso parte da estrutura mental de cada um. Os jogadores têm de perceber que tudo isto é efémero e relativo. O facto de um jogo correr bem não significa mais do que isso, é um jogo que correu bem. Espero que todos os jogadores, e não só os que vieram do outro lado do Atlântico, todos eles percebam que é preciso provar em cada jogo que o que aconteceu de bom num determinado momento é fruto do trabalho. Em todos os jogos haverá alguém a destacar-se e o fundamental é termos a noção de que estamos a crescer, a evoluir, colectiva e individualmente."

in "fcp.pt"

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