domingo, 28 de outubro de 2012

"Gozo supremo foi sermos campeões na Luz"


Na véspera de completar o milésimo jogo à frente do FC Porto, o presidente mais titulado do futebol mundial recorda os melhores momentos dos últimos 30 anos e revela qual o resultado que mais "custou a engolir".
Odiado por uns e amados por outros, são poucas aqueles que são indiferentes ao nome Jorge Nuno Pinto da Costa. O presidente do FC Porto, o dirigente desportivo com mais títulos (57) colecionados no futebol profissional mundial, bem como 200 em modalidades amadoras (101 entre basquetebol, hóquei em patins e andebol), cumprirá este domingo o milésimo jogo no futebol enquanto líder dos dragões.
Foi a 22 de abril de 1982, no terreno do Estoril, que o 33.º presidente da história do FC Porto se estreou, com um empate a um golo. Este domingo, será o regresso à casa de partida: será também contra o Estoril que os dragões proporcionarão o milésimo jogo a Pinto da Costa, ambicionando a 724.ª vitória.
"Era inimaginável para qualquer pessoa atingir este número como presidente do FC Porto. Quanto ao sucesso, naturalmente que acreditava ser possível. Se não fosse assim, não teria assumido o cargo", começou por dizer Pinto da Costa, em entrevista ao semanário Expresso, onde recordou os treinadores que mais o marcaram. "Artur Jorge, que foi campeão europeu; Mourinho, foi campeão europeu e ganhou a [Taça] UEFA; Villas-Boas que ganhou a Liga Europa. Mas aquele que me recordo como sendo o meu treinador foi o primeiro: José Maria Pedroto", considerado um dos melhores técnicos da história do futebol nacional.
A vitória mais marcante não foi, porém, em nenhuma final europeia, mas sim no seu 18.º campeonato conquistado no futebol: "O gozo supremo foi sermos campeões na Luz, num jogo célebre pelo apagar da Luz. Fizemos uma grande exibição e mostrámos a nossa real superioridade numa partida a que se seguiu um final triste, traduzindo um espetáculo de antidesportivismo e de mau perder por parte do adversário, que apagou a luz e ligou o sistema de relvado para que não pudéssemos festejar", recordou.
A derrota mais marcante, curiosamente, foi a última registada no campeonato, há dez meses, frente ao Gil Vicente, por 1-3, já com Vítor Pereira, o seu 20.º treinador. "Quebrámos um ciclo sem derrotas para o campeonato. Esse resultado, com uma arbitragem incrível, levou-nos a sofrer a primeira derrota ao fim de quase dois anos. Foi uma grande injustiça e o resultado que mais me custou engolir", confessou.

in "dn.pt"

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