sábado, 8 de dezembro de 2012

F.C. Porto-Moreirense, 1-0 (destaques)


FIGURA: Jackson Martinez
Ameaçou de cabeça, avisou de pé direito, desesperou-se uma e outra vez, sempre na perseguição do golo. Até marcar, ao sexto remate. As bancadas já se habituaram a ver o colombiano meter a bola na baliza contrária. Quando isso não acontece, é normal o desânimo e o desapontamento das duas partes: Jackson e adeptos. Ficam os pormenores de classe, a participação assertiva na criação de jogo, a presença constante e acertada nas zonas de finalização. 

MOMENTO: o golo redentor, minuto 71
Depois de tantas ameaças, de tanto falhar, Jackson Martinez decidiu tudo num golpe de cabeça após pontapé de canto de James. O colombiano respirou de alívio, as bancadas também. Tanto sofrimento para um problema que não era assim tão intrincado. 

NEGATIVO: a lesão de Lucho
El Comandante voltou a sair lesionado e a deixar a equipa refém da sua elegância compenetrada. Se nos lembrarmos que Fernando está de baixa e que só sobram três médios, o F.C. Porto pode ter aqui um problema sério. A não ser, claro, que Lucho volte rapidamente a competir. 

OUTROS DESTAQUES

Alex Sandro
Chegou com Danilo. O colega era o craque, Alex o candidato a promessa. Um ano volvido, o futebol do esquerdino tornou-se mais convincente e cativante do que o do ex-colega no Santos. Fresco, confiante, poderoso fisicamente, desequilibrador no ataque e consciente na defesa, Alex Sandro é um lateral muito, muito interessante. Constantemente em jogo, a mostrar uma facilidade inacreditável em galgar metros e em chegar à linha de fundo. Danilotem qualidade, mas defende pior e é muito menos esfusiante no ataque. Talvez o meio-campo seja mesmo a sua área de ação ideal.

Ricardo Ribeiro e Anilton
Guarda-redes e defesa central, os melhores numa defesa com trabalho do primeiro ao 90º minuto. Praticamente sem erros, saíram do Dragão com nota elevadíssima. O guarda-redes teve ações heroicas, por coragem, concentração e alguma sorte.

James Rodríguez
Pisa a relva com ternura, quase empenhado em não levantar tufos no terreno de jogo. Não faz nada em esforço. É tudo natural, por vezes instintivo e por vezes cerebral. Quatro pontapés no primeiro tempo, mais uma mão cheia no segundo. Cruzou, driblou, quis a bola, tabelou. Foi o gerador de todo o futebol azul e branco, na direita, na esquerda e no centro. Extremo, dez e novamente extremo. 

Steven Defour
Em jogos de sentido único, o F.C. Porto tem mais a ganhar com Steven Defour do que com Fernando. A receção e o passe do belga são mais criteriosos, por contraponto com a maior agressividade e capacidade de recuperação do brasileiro. Jogo interessante, em constante movimento e em harmonia plena com Lucho e Moutinho. Faltou-te, possivelmente, outra capacidade para chegar pontualmente à área adversária. 

Kelvin
45 minutos em campo, prova de confiança do treinador. Entusiasma em alguns momentos, irrita noutros. Talento de sobra numa mentalidade com tiques infantis. Tem de jogar muito, treinar mais e esperar tolerância, compreensão e crença por parte do técnico. A qualidade está lá, é um facto. 


in "maisfutebol.iol.pt"

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