segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

FC Porto-Gil Vicente, 5-0 (crónica)


Há muito que não se via, no futebol português, tamanha diferença entre os dois primeiros e todos os outros. 

FC Porto-Gil Vicente (Lusa)Não é que a conclusão de que FC Porto e Benfica são as duas melhores equipas portuguesas seja surpreendente. O que surge como desconfortável é ver a margem de pontuação que existe entre os dois candidatos ao título (ambos com 42 à primeira jornada da segunda volta) e os restantes 14.

Esta jornada reforçou essa tendência. O Braga, a viver época menos entusiasmente para a Liga portuguesa, baqueou em casa perante o Benfica. O Sporting, afinal, não retomou um caminho único de vitórias desde que Jesualdo tomou o lugar da vítima Vercauteren.

O triunfo do Benfica em Braga e esta confortável vitória portista frente ao Gil Vicente voltaram a provar que a história desta Liga 12/13 se resuma a uma luta entre os dois grandes rivais do futebol português das últimas décadas. 

Mérito de Benfica e FC Porto? Com certeza que sim. Por muito que vejamos, também, uma perda de competitividade geral do campeonato (isso parece claro se olharmos os desempenhos de Braga, Sporting e V. Guimarães), há um indiscutível mérito de benfiquistas e portistas, que estão a assinar uma época de grande qualidade (demonstrada, de resto, no clássico da Luz, um dos melhores dos últimos anos). 

A goleada imposta pelo FC Porto ao Gil Vicente é, neste contexto, muito fácil de explicar. Os dragões foram melhores em tudo: no futebol praticado, na capacidade de concretizar as oportunidades criadas, na beleza do jogo exibido. 

Esta tinha tudo para ser a noite perfeita para a estreia de Liedson. Jogo de dificuldade baixa, adeptos ansiosos por ver o Levezinho de azul e branco vestido. Mas a burocracia não ajudou e, à custa do atraso do envio do certificado, a estreia do novo número 19 do FC Porto vai ter que ser feita em partida teoricamente mais complicado (possivelmente já em Guimarães).

Mas nem foi preciso o sentido de oportunidade de Liedson para golear. Danilo abriu em lance de profundidade, Vítor Vinha deu ajuda inadvertida em autogolo, Defour faturou com golaço, Varela dilatou, Jackson fechou em beleza. 

Tudo normal, tudo fácil. Só não é bom para a qualidade do campeonato que estas diferenças se repitam muitas vezes.


in "maisfutebol.iol.pt"

5 comentários:

Anónimo disse...

Vitória sem espinhas do dragão que poderia ter marcado ainda mais. Penalty por assinalar e jogo 100% controlado! Vitória à Porto

http://dragaocomrazao.blogspot.pt/2013/01/fc-porto-vs-gil-vicente-lideranca-e.html

Remígio Manuel Silva da Costa disse...

É sempre gratificante ver a nossa equipa fazer uma excelente exibição e golear. É verdade que o adversário não esteve à altura do campeão, mas, a jogar desta forma, o FC Porto derrotaria qualquer outro mais cotado. Não será preciso recuar muito tempo atrás para encontrar um resultado igual contra os "mais melhores bons do mundo", humilhados por 5-0 sem apelo nem agravo.

Boas exibições individuais de todos os jogadores, principalmente de Fernando, Défour, Moutinho e Lucho (que ninguém vê correr porque está sempre onde a bola passa).

Encetamos o caminho que levará ao título.

Abraço.

dragao vila pouca disse...

Ainda sem contar com Liedson, por falta de certificado internacional, com Fernando a trinco - na única alteração em relação à equipa que entrou de início em Setúbal. Saiu Kelvin - e com Defour na meia-esquerda - pela direita entravam Lucho, Varela e um Danilo muito profundo - a provar que mesmo frente a equipas muito fechadas, se a dinâmica funcionar, se houver rapidez a pensar e a executar e mais gente envolvida no processo ofensivo - Fernando esteve muito próximo da área, principalmente na primeira-parte -, as coisas também podem resultar e bem, com o belga na equipa. Foi o que aconteceu esta noite no Dragão.
Foi um Porto exuberante, de grande fulgor e nota artística, aquele que hoje depenou, assou e comeu, um galo incapaz de contrariar uma das melhores exibições da época do conjunto treinado por Vítor Pereira.

Abraço

Dragus Invictus disse...

Bom dia,

Desde o apito inicial, a nossa equipa deu um sinal claro que pretendia resolver a contenda o mais célere possível.

O FC Porto com uma pressão muito alta e muita posse de bola, não deixou o Gil Vicente armar jogo, e foi com naturalidade que a goleada foi construida.

O Gil Vicente foi impotente perante o nosso domínio, e a nossa atitude e classe tornaram fácil o jogo que se avizinhava difícil.

Desta vez o destaque vai para o nosso jogo colectivo.
Tivemos momentos de grande futebol, com grande entrosamento entre sectores, com o nosso miolo constituído por Fernando, Lucho e Moutinho a efectuar uma exibição sem mácula.
Defour e Danilo evidenciaram-se pelos excelentes golos apontados.
Defour é o jogador mais útil do plantel. Disciplinado tácticamente, o belga consegue ser uma mais valia para o equilíbrio da equipa. Mereceu o golo que já procurava à algum tempo.
Lucho fez duas assistências para golo, formando com Moutinho uma dupla de respeito.
O momento da noite foi a finalização de Jackson no quinto golo. O colombiano é um avançado de classe e uma vez mais com um grande pormenor técnico, finaliza na passada.

A nossa equipa fez um jogo seguro e acabou por obter uma vitória fácil.
Sem colinho e sem frangos o FC Porto chega à liderança em absoluto do campeonato, fruto de uma maior diferença entre golos marcados e sofridos.

Abraço e boa semana

Paulo

pronunciadodragao.blogspot.ptv

Rui Anjos (Dragaopentacampeao) disse...

Exibição muito agradável com resultado a condizer. Quando assim é só os elogios e os parabéns a todos, que constituíram um colectivo forte, unido, solidário, talentoso e ambicioso, deve ser realçado.

Não posso porém de deixar passar em claro a azia quase geral dos comentadores, ditos desportivos, que se portaram como agentes do anti futebol. Pelo facto do Gil Vicente não incorrer num jogo faltoso e/ou violento, apelidaram-no de macio! Naturalmente estão habituados a ver o FC Porto ter de jogar contra especialistas no Ragby, no karaté ou no Kung-Fu, com a complacência dos árbitros. E quando são dois expulsos, como contra o Setúbal, cai o Carmo e a Trindade! Enfim, uns tristes alienados.

Um abraço