Penálti e expulsão do jogador do Paços abriram as portas do título
O FC Porto chegou a Paços de Ferreira com a intenção de carimbar o seu 27.º título de campeão nacional. No estádio Capital do Móvel, os dragões tinham tão somente pela frente a equipa sensação da temporada, o Paços de Ferreira.
A equipa treinada por Paulo Fonseca, que andou a semana toda a festejar o histórico apuramento para a Liga dos Campeões, não tinha pressão mas tinha uma festa de arromba no centro da cidade à espera.
Seja como for, o FC Porto entrou com a certeza de que uma vitória lhe valia o título, sem outras contas ou complicações. Para o Paços de Ferreira a matemática era ainda mais simples: o terceiro lugar não deixaria de ser pacense.
Estava tudo pronto para as grandes decisões, que ficaram reservadas para uma eletrizante última jornada.
Nas apostas iniciais dos técnicos, sem surpresa, Defour ocupou o lugar do lesionado Fernando. Na equipa do Paços de Ferreira, Jaime Poulson substituiu o atacante Cícero.
O jogo começou com equilíbrio em ambos os lados e as equipas estudavam-se. Os portistas iam, porém, tendo um maior ascendente mas sem chegar com perigo às redes do Paços de Ferreira. O primeiro lance digno desse nome chegou aos sete minutos. Lucho apareceu pela direita, ao segundo poste, e rematou de primeira, depois de um cruzamento de Varela. A bola passou ao lado das redes de Cássio.
Seria, no entanto, El Comandante a colocar o FC Porto na frente do marcador. O argentino, aos 23 minutos, converteu uma grande penalidade polémica de Ricardo sobre James Rodríguez. O árbitro da partida entendeu que o central pacense travou o colombiano dentro da área, quando El Bandido ia isolado. A ter acontecido contacto... é fora da área. Ainda assim, o juiz não hesitou. Penálti e expulsão do homem do Paços de Ferreira. Chamado a marcar, Lucho colocou o FC Porto na frente.
A equipa da Mata Real, até aqui concentrada em defender e espreitar o contra-ataque, viu-se obrigada a baixar (ainda mais) o ritmo de jogo já bem baixo. O FC Porto tinha as portas abertas para o tricampeonato.
Até final da primeira parte, os azuis e brancos ainda criaram algumas ocasiões de perigo mas o resultado manteve-se.
FC Porto resolveu cedo a partida para evitar sustos

Mas os dragões, sempre em busca de resolver a partida e preparar os foguetes, ampliaram a vantagem, aos 52 minutos, por Jackson Martínez. O Cha Cha Cha, após lance de bola parada, recebeu a bola de Lucho, dominou e rematou em rotação! Jackson Martínez carimbava também o nome do Paços de Ferreira na sua lista de vítimas. Os castores eram a única equipa, em Portugal, a quem o colombiano nunca tinha marcado.
Na história do jogo, passamos para a expulsão de Danilo. O brasileiro recebeu ordem de saída pelo árbitro, por duplo amarelo, aos 56 minutos, depois de uma entrada sobre Diogo Figueiras; Danilo esqueceu-se que já tinha um amarelo.
Os dois conjuntos estavam agora em igualdade de circunstâncias no que tocava ao número de elementos em campo; dez contra dez.
Empurrados pelos milhares de portistas que marcaram presença no estádio pacense, o FC Porto quase fazia o terceiro por Lucho, aos 69'; O argentino acertou no poste da baliza de Cássio, que já estava batido.
No entanto, o jogo era fraco e continuava a um ritmo de passeio. Um passeio que até podia ter sido mais complicado. É que aos 76 minutos os castores pediram grande penalidade por mão de Otamendi. O árbitro não atendeu aos pedidos dos homens da casa.
Até ao fim, tempo ainda para a entrada de Kelvin e Liedson, os jogadores que resolveram a partida com o Benfica, no Dragão, e colocaram os portistas no primeiro lugar.
A partida chegou ao tempo de descontos e a festa era grande por todos; portistas e pacenses.
O apito final foi apenas e só um ato formal. O Paços de Ferreira perdeu por duas bolas a zero mas está na Liga dos Campeões. Já o FC Porto, esse, volta a ser campeão.
in "zerozero.pt"
1 comentário:
Boa noite,
Após uma época dura, de algum sofrimento para nós portistas, eis que hoje surge o materializar do justo prémio ... ser Tricampeões Nacionais!
Merecido, e ainda mais saboroso após a campanha da imprensa lisboeta que precocemente atribuiu o ceptro aos encarnados.
A nossa equipa nunca deitou a toalha ao chão, e com a sorte de campeão e humildade, conseguiu no Dragão a reviravolta na tabela classificativa!
Sem termos sido brilhantes ao longo do campeonato, fomos os mais regulares, terminamos o campeonato sem derrotas e por conseguinte uns somos uns justos vencedores.
Uma palavra para Vítor Pereira, grande portista, muitas vezes criticado e incompreendido por nós adeptos, sempre protegeu o grupo, os seus atletas, e foi ele o obreiro deste Tricampeonato, pois acreditou quando já muitos não acreditavam, e por muito que alguns não gostem do estilo de jogo das suas equipas, só temos é de agradecer o grande trabalho à frente do FC Porto.
Agora é hora de festejar. O povo está na rua!
Tricampeões, "limpinho, limpinho, limpinho!"
Abraço
Paulo
pronunciadodragao.blogspot.pt
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