terça-feira, 19 de outubro de 2010

Lucho: os valores do pai e a desilusão de não ir ao Mundial


Lucho Gonzalez diz que lida bem com a pressão porque «a verdadeira pressão é a de um pai que se levanta cedo todas as manhãs para alimentar os filhos». Em entrevista ao France Football, o argentino admite que não é um jogador rápido mas define-se com um jogador de equipa. O ex-jogador do F.C. Porto, agora figura do Marselha, falou da sua carreira, do pai, de Messi e da sua ausência no Mundial da África do Sul.

«Considero-me um jogador de equipa. Os meus treinadores sempre me ensinaram a jogar em um ou dois toques. O futebol mudou mas estou convencido que a bola deve chegar o mais rápido possível ao parceiro», define-se Lucho. E aceita as críticas que o acusam de ser lento. «Quando se é jogador de futebol, sabemos que vamos ter críticas e elogios. Algumas pessoas gostam da forma como eu jogo, outros não. Para ser honesto, reconheço que não sou um jogador rápido», sorri.

Lucho recorda de resto que começou a avançado-centro na Argentina e diz que o que gosta mesmo é de jogar a 10. «É como me sinto melhor, a número 10. Na Argentina é um lugar muito importante. Bem mais do que aqui na Europa, onde se prefere um médio com perfil de recuperador.»

O argentino diz que lida bem com a pressão porque «a pressão real é a de um pai que se levanta cedo todas as manhãs para alimentar os filhos». «Isso é o que meu pai fez por mim e pelos meus irmãos. Fico espantado quando vejo jogadores a queixarem-se de algo. Levantar-se todos os dias às cinco horas da manhã para ir fazer um trabalho de que não gostamos, isso sim é motivo de queixa», afirma o jogador. E completa: «Estes são os valores do meu pai».

Sobre a selecção, Lucho Gonzalez diz que compreende Maradona, pois a Argentina tem grandes jogadores nos principais campeonatos. Mas a ausência do Mundial custou-lhe. «Fiquei um pouco triste por não ser seleccionado», assume: «Mas não posso levar-lhe a mal. Maradona era o meu ídolo como jogador!»

Quanto a Messi, é para Lucho «um jogador calmo e humilde». «Tudo o que ele faz com uma bola de futebol é fantástico. Na selecção, no entanto, ainda não foi capaz de mostrar toda a extensão de seu talento».

Lucho conclui a entrevista dizendo que «gostava de terminar a carreira na Argentina»: «No futebol as coisas mudam muito depressa, mas gostava de terminar a carreira na Argentina, no Huracán ou no River Plate.»

in "maisfutebol.iol.pt"

1 comentário:

SantiagoT disse...

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