terça-feira, 9 de novembro de 2010

Melhor FC Porto da geração '3 P'


Máquina de recordes num mês. Desde que a vitória vale 3 pontos que não há melhor. Mourinho e Robson iguais, mas menos goleadores.

Campeão banalizado, campeão anunciado? Manda o bom senso reter a euforia, mas já não há pista disfarçável. Este dragão AVB tem a marca da história, e ao virar do primeiro terço da prova-rainha, não é só a margem pontual que se cava abruptamente e da forma mais brutal para os encarnados: é a constatação exacta de que, na geração dos três pontos (valor de uma vitória partir de 1995/1996), também já não há quem resista a André Villas Boas.

José Mourinho e a dupla Bobby Robson/Augusto Inácio têm a mesmíssima e fantástica marca decorrente de nove triunfos e um empate, mas o conjunto orientado pelo antigo delfim do 'special one' revela-se em amplitude muito maior e ainda mais esmagadora do que os belos conjuntos de Robson/Inácio, relembrados pela graciosidade e até espectacularidade que sustentava a eficácia, ou as máquinas de guerra do actual técnico do Real Madrid, indiferentes à estética mas capazes de levarem tudo à frente.

Como se tem escrito profusa e justificadamente, André Villas Boas montou, em menos de um mês (primeiro treino em 2 de Julho, primeiro jogo oficial 7 de Agosto), uma equipa que hoje já é, para muitos, a dominadora à distância, o campeão anunciado, a máquina dos recordes. AVB é declaradamente contra as euforias, mas o universo do dragão curva-se totalmente a uma equipa indizível, indescritível ou, até e principalmente, ainda imbatível: mistura-se a adjectivação porque, em rigor, ninguém esperava tanto em tão pouco período. Uma montagem preciosa em tempo recorde.

in "abola.pt"

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