domingo, 17 de abril de 2011

Sereno à direita, Guarín a trinco

Villas-Boas não teve tempo para preparar o jogo com o Sporting, mas o lateral-direito seria sempre Sereno, mesmo que Sapunaru não estivesse castigado e Fucile não se tivesse lesionado contra o Spartak. "Antes da saída para Moscovo já tinha dito a Sereno que ele ia jogar contra o Sporting nessa posição. Pelo que se passou em Portimão, sentia que era uma boa altura para ele ser testado à direita, porque tem mais sequência no seu jogo no enquadramento do pé direito. Provavelmente poderá ter mais saídas pelo corredor", revelou Villas-Boas na conferência de Imprensa. As alterações no sector mais recuado podem não ficar por aqui, já que Maicon pode reentrar nas escolhas.
Mais mudanças estão guardadas para o meio-campo: Fernando ficou de fora dos convocados, e tudo indica que Guarín recue no terreno para actuar como trinco. "Fernando não está mais cansado do que os outros, mas sentimos que estas opções nos servem. Havia decisões a tomar tendo em conta a disponibilidade atacante que temos, e achamos útil levar o maior número de atacantes para o banco", explicou, garantindo que o jogo com o Benfica não motivou esta decisão.
Ora, com a passagem de Guarín para "6" abre-se uma vaga no meio-campo mais ofensivo que deverá ser preenchida por Rúben Micael. O madeirense voltou a entrar bem no jogo de Moscovo, marcou um golo, e vai reclamando oportunidades como esta. João Moutinho completa o tridente do miolo.
Na frente, Varela, que ficou de fora nos últimos dois encontros, deve voltar ao onze, relegando Rodríguez para o banco de suplentes. Hulk e Falcao são presenças inquestionáveis, mesmo com milhares de minutos nas pernas.

O maior fosso de sempre


Um clássico é sempre um clássico, mesmo que em jogo só esteja a honra das duas equipas. É o que acontece hoje, no Dragão, no FC Porto-Sporting que começa com a maior diferença pontual que alguma vez separou os dois rivais no campeonato nacional à 26ª jornada. Pois é, nunca, em toda a história do futebol português, os dois grandes estiveram separados por um fosso tão grande como os 32 pontos que actualmente vão do primeiro ao quarto lugar do campeonato e que esvaziam o jogo desta noite de alguma da carga emocional que serviu de combustível a este confronto durante os últimos anos. Mas nem por isso, este FC Porto-Sporting é muito diferente dos anteriores em termos de objectivos para as duas equipas às quais apenas interessa o mesmo resultado de sempre, a vitória, ainda que os três pontos tenham mais influência na contabilidade dos leões do que na dos portistas. A um ponto do terceiro lugar, o Sporting precisa de ganhar hoje para manter o Braga sob pressão e o pódio ao alcance. De resto, quebrar a invencibilidade dos portistas no campeonato colocaria os leões na história desta temporada, garantindo-lhes ainda o título de única equipa que não se vergou perante os portistas. Do outro lado da equação, o FC Porto tem a invencibilidade a defender, um recorde de pontos ganhos para conquistar e um adversário a quem ainda não ganhou para vergar. Para o conseguir terá de conseguir lidar com o peso que o jogo de quinta-feira passada, com o Spartak, possa ter nas pernas e com a influência que o jogo de quarta-feira, com o Benfica, possa ter na cabeça. Junte-se tudo, misture-se com o regresso de Izmailov à competição com a camisola do Sporting e a improvisação de Sereno como lateral-direito no FC Porto e o resultado é um clássico com C grande. Como qualquer clássico que se preze.


FC Porto - Sporting

20h15 Sport TV1

in "ojogo.pt"

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