terça-feira, 17 de maio de 2011

Villas-Boas, auto-retrato: «Não sou um ditador»

Técnico fala sobre as suas características e as razões de sucesso. Helton e Moutinho ajudam na análise


Como é que André Villas-Boas analisa o seu próprio sucesso? Como é que se define enquanto treinador e líder? Como é que olha para o futebol? Tudo isto foi questionado na conferência de imprensa desta terça-feira. Aqui fica a resposta do técnico do F.C. Porto. 

«Primeiro terão de ser os jogadores a dizer o que vêem no líder. Não olho para o futebol apenas como táctica, mas sim como espaço de aproveitamento das capacidades dos jogadores. O jogo tem mais a ver com impactos emocionais, embora seja importante treinar bem, claro. Defendo até à morte a liberdade individual. Não sou um ditador de comportamentos», referiu o treinador que levou o Porto ao título nacional.

Ao lado de Villas-Boas no diálogo com os jornalistas estavam Helton e João Moutinho. Também eles explicaram quem é André Villas-Boas e como os conduziu ao triunfo. Primeiro, o guarda-redes. «Numa palavra? Amigo. É essa a razão do sucesso dele, sem dúvida. Foi um dos melhores com quem já treinei. Sabe dar liberdade dentro da táctica que nos impõe.»

João Moutinho foi mais evasivo. «Todos nós temos algum mérito nesta época. O treinador, a equipa técnica, os jogadores, os roupeiros, todos. Toda a organização do F.C. Porto é muito boa.» 


Villas-Boas: Mourinho, Hulk e um jornalista atrapalhado

Comunicação social estrangeira insiste na ligação entre o técnico do F.C. Porto e o «Special One»

André Villas-Boas e José Mourinho, José Mourinho e André Villas-Boas. A comunicação social de outros países insiste na proximidade entre as duas personagens. Uma proximidade que, como se sabe, não existe actualmente. De qualquer forma, sempre cordial e paciente, o treinador do F.C. Porto voltou a abordar o período em que trabalhou sob as ordens do Special One. Sem grandes pormenores.


«Estive sete anos com o José. Trabalhámos em clubes de top, com pessoas de top, e atingimos o sucesso. Compreendi o meu papel desde o início e exerci-o com o maior profissionalismo», referiu o técnico, na conferência de imprensa realizada no Dublin Arena.


«Afastei-me porque senti ser necessário algo mais para atingir a minha satisfação profissional. Por isso fui para a Académica», disse Villas-Boas, que fez questão de rejeitar qualquer semelhança entre o F.C. Porto 2010/11 e o que venceu a Taça UEFA em 2003.


«São equipas, jogadores e treinadores diferentes. Em 2003 o Porto estava há muito sem ganhar na Europa. A vez anterior tinha sucedido em 1987. Foi um impulso impressionante para o clube chegar onde está hoje. Construímos uma história importante no Velho Continente.»


«Próximo ano? Quartos-de-final da Liga dos Campeões»


Do Brasil, da Finlândia, de Inglaterra e, imagine-se, até do Sudão. Perguntas dos quatro cantos do mundo para Villas-Boas. Do Japão veio um momento curioso. Um jornalista nipónico, num português bem intencionado, questionou Villas-Boas sobre a evolução de Hulk nos últimos anos. O assessor de imprensa da UEFA interrompeu-o a meio, pedindo-lhe que falasse em inglês ou... português.


Perante gargalhadas e explicações do atrapalhado jornalista, Villas-Boas lá respondeu. «O Hulk foi muito cedo para o Japão e deve ter tido algumas dificuldades. Normais numa mudança tão radical. Na Europa encontrou mais compatriotas. Passou algumas dificuldades no primeiro ano, mas integrou-se bem. Ele foi descobrindo o seu próprio talento e tem todo o mérito por isso.»

in "maisfutebol.iol.pt"



1 comentário:

Dragus Invictus disse...

Boa noite,

Amanhã os jogadores, equipa técnica e restante staff/direcção, podem ficar na história do clube, conquistando este ambicionado troféu da Liga Europa.

Eu estou convicto que assim será. Somos favoritos e se estivermos ao nível que estivemos quando defrontamos CSKA de Moscovo, Sevilha e Villarreal, venceremos com maior ou menor dificuldade o troféu.

O meu único receio é o Braga marcar primeiro. Não sou um apreciador do futebol praticado pelo Braga. É um futebol à "Jesualdo", muito construído de trás para frente, e a tentar sair para o ataque maioritariamente em transições rápidas. O Braga apanhando-se a vencer, tem uma organização defensiva muito boa, e uma capacidade de sofrimento tremenda. Basta recordar a forma como eliminaram Liverpool, Dínamo de Kiev e Benfica.

Espera-se uma grande festa no estádio, e que os adeptos se respeitem. Penso que 0 grande problema de segurança desta final, vai ser o facto de alguns adeptos do Benfica irem ao estádio ver o jogo ... e apoiar o Braga, como ontem vi na TV testemunhos.
Muitos destes benfiquistas nunca foram a uma final, e vão aparecer, para se inteirar do sentimento de lá estar, o que é legítimo.

Que amanhã se faça história, e que o nosso Porto traga o caneco.

Abraço e boa noite

Paulo

http://pronunciadodragao.blogspot.com/