sábado, 21 de maio de 2011

Villas-Boas: «Falcao? Vamos com a mesma confiança»

Técnico do F.C. Porto desvaloriza ausência do avançado no Jamor e lembra que a equipa já sobreviveu sem ele. Elogios para o V. Guimarães e a recusa, de novo, do favoritismo para o encontro.


O treinador do F.C. Porto desvalorizou a ausência de Radamel Falcao do encontro da final da Taça de Portugal, frente ao V. Guimarães, que será jogado no domingo. André Villas-Boas recordou que os dragões já estiveram «um mês e meio» sem o goleador e os objectivos foram sendo atingidos.


«Vamos com a mesma confiança. Não é nada que já não nos tenha acontecido. O Falcao sofreu uma grande pancada no joelho e decidimos não arriscar. Já com o Otamendi, foi uma pancada nas costas, que o deixou totalmente indisponível. Temos talento suficiente para ir com grandes aspirações», assegurou o técnico portista, em conferência de imprensa.


Villas-Boas espera um V. Guimarães muito motivado para dar uma alegria «ao clube e à cidade» e lembra que a equipa de Manuel Machado preparou o jogo ao pormenor. 


«A motivação do V. Guimarães é extrema e esta semana pôde ajudá-los a focar mais o objectivo. Tiveram a possibilidade de abordar desta forma a final da Taça e centraram-se nisso. Nós não pudemos porque jogámos, felizmente, um jogo muito importante na quarta-feira. Depois dos festejos e do impacto emocional da conquista, achámos conveniente dar dois dias de folga e reunimo-nos hoje para preparar o jogo», afirmou.


Em relação ao favoritismo do encontro, Villas-Boas alinhou pelo mesmo discurso da final da Liga Europa, não atribuindo «grande importância» ao tema, apoiando-se no jogo «complicado» que o F.C. Porto teve em Dublin.«Dividimos sempre o favoritismo e sabemos as dificuldades que vamos encontrar», frisou.


«O V. Guimarães já nos criou dificuldades esta época. E não podemos focar apenas no jogo do D. Afonso Henriques, porque no Dragão também nos criaram imensas dificuldades. Tiveram muita iniciativa de jogo e nós só marcámos ao minuto 67. Recuperaram alguns jogadores para esta fase da época, como o Jorge Ribeiro, que é um jogador motivado e o Ndiaye que apareceu fortíssimo como central nesta fase final», lembrou.


Villas-Boas : «Neste grupo sente-se o ânimo com um olhar»

Palavras do treinador podem nem ser precisas para perceber o estado do plantel, considera Villas-Boas. Os elogios à festa nos Aliados, à qual só faltou a visita à Câmara Municipal.


Não são necessários grandes discursos para puxar pela motivação dos atletas. Foi essa a mensagem que André Villas-Boas quis passar na conferência de imprensa de antevisão da final da Taça de Portugal, com o V. Guimarães. O técnico desvalorizou eventuais discursos para motivar o grupo e lembrou que o conhecimento vai muito além disso.


«Neste grupo, e em qualquer grupo unido e forte, as pessoas sentem o estado de ânimo e euforia e elevação uns pelos outros apenas com trocas de olhares. A empatia sente-se de várias formas. Não é preciso dizer palavras para se perceber o que se sente», frisou o técnico portista.


Naquela que foi a última conferência de antevisão da temporada, Villas-Boas aproveitou para fazer um pequeno balanço do que foi este ano dourado do clube, lembrando que «o grande mérito do grupo foi ser capaz de traçar objectivos curtos e atingi-los.»


«Foi isso que nos levou a chegar aos grandes objectivos. Ter outro ano igual? É muito complicado. Impossível não é, mas é algo que pode não voltar a acontecer e é importante que se tenha a noção do que foi atingido. Tivemos um campeonato sem derrotas, conquistamos a Liga Europa, chegámos à final da Taça quando poucos esperavam, vencemos a Supertaça e vamos estar na Supertaça Europeia. Temos de nos reinventar nas nossas ambições constantemente», afirmou.


A festa dos Aliados, na quinta-feira, atrasou o regresso ao trabalho da equipa, mas André Villas-Boas considera que valeu a pena.


«Estes jogadores, principalmente os novos, precisavam de ter a noção do que é representar este clube e da envolvência da cidade com o clube. A expressão máxima do adepto portista quando ganha, é mostrada em público. Os Aliados sempre foi o destino favorito da equipa. Na era actual é impossível visitar a Câmara, o que é uma tristeza, porque acontece em todos os lados do mundo menos aqui», criticou.

Villas-Boas: «Supertaça? Não escondo admiração pelo Barça»

Apesar do elogio ao Barcelona, treinador garante não ter preferências para a Supertaça Europeia. Caso Cardinal também motivou um comentário do técnico portista.


Com a conquista da Liga Europa, o F.C. Porto ganhou o direito de disputar mais um troféu na próxima temporada: a Supertaça Europeia. Os dragões vão enfrentar o vencedor da final da Liga dos Campeões, entre Barcelona e Manchester United. André Villas-Boas não quis escolher um «adversário preferido», mas lá deixou escapar de novo o que já era conhecido: o encanto pela «máquina» de Guardiola.


«Não escondo a admiração que tenho pelo Barça. Mas julgo que, para além da sua competência, o Manchester United será alimentado pelo que aconteceu em Roma, em 2009, [ndr. derrota na final frente aos catalães] e quererá ganhar o troféu», frisou.


Sobre o jogo em si, Villas-Boas lembrou que, no próximo ano, o campeonato continuará a ser «o principal objectivo», mas destaca o desafio que será enfrentar uma equipa de topo por um troféu tão prestigiante. 


«Vamos encontrar uma das melhores equipas do mundo. Felizmente a Champions vai para uma equipa que joga um futebol maravilhoso e que foi campeão no seu país. Não pode haver, para o ano, ambições desmedidas. Repetir 2003 e 2004 é muito difícil. Não é impossível, mas é algo que não está na nossa perspectiva», frisou.


«Cardinal? Se foi uma decisão tomada em consciência...»


O jogo de Dublin teve muitos adeptos portistas nas bancadas, como seria de esperar. Entre eles estava um especial. Cardinal, agora ex-jogador de futsal do Sporting, acabou por ver o seu contrato rescindido por ter faltado a um treino para ver o jogo. Villas-Boas, que partilha o «portismo» confesso com o jogador, foi confrontado com o tema, mas não entrou em grandes considerações.


«Se foi uma decisão tomada em consciência... Eu não tenho nada a ver com a decisão dele. Se fosse eu? Não posso comparar comigo. Foi a decisão dele», explicou.

Villas-Boas: «Não podemos pensar que a época já foi grandiosa»

Máximo empenho para conquistar o quarto troféu da época é o que pede o técnico portista. Beto joga de início num estádio que não dá «segurança» aos adeptos.


André Villas-Boas quer uma equipa compenetrada no objectivo de, pela primeira vez na história do clube, conquistar três Taças de Portugal de seguida. Apesar de todos os êxitos somados em 2001/12, o líder portista alerta o grupo para oportunidade histórica que se lhes atravessa no caminho.


«Não podemos pensar que a época já foi grandiosa e, aconteça o que acontecer, damo-nos por satisfeitos. É mais uma oportunidade histórica de juntar três Taças em três épocas. Queremos inspirar-nos no que fizemos na segunda mão da semifinal. Conseguimos o acesso contra todas as expectativas, com uma reviravolta estrondosa na Luz que nos permite estar na final», recordou Villas-Boas.


Igualar o feito de Tomislav Ivic que, em 1987/88 conseguiu conquistar quatro troféus (campeonato, Taça de Portugal, Supertaça Europeia e Taça Intercontinental), é um objectivo colectivo e não de André Villas-Boas. «Não queremos igualar Ivic, mas igualar uma época especial», frisou o treinador.


«Era uma maneira óptima de terminar esta época. Seria muito errado pensar que, se não conseguirmos, não faz mal. Se não conseguirmos, falhamos!», resumiu.


Beto titular no Jamor


É tradição que os jogos das Taças sirvam para rodar os guarda-redes, mas, muitas vezes, quando o troféu está em disputa, os técnicos voltam a apostar no guardião mais rodado. Ora, André Villas-Boas não alinha nesse paradigma e confirmou na conferência de imprensa que Beto será o titular.


«Temos máxima confiança nos três guarda-redes. O Helton esteve absolutamente fantástico e fez uma época estrondosa. O Beto esteve lesionado, regressou e é um dos grandes guarda-redes portugueses. O Pavel [Kieszek] passou por um momento difícil depois do jogo da Taça da Liga, mas é um guarda-redes em quem confiamos. Optámos por levar o Beto e o Helton, sendo que o Beto deve jogar início», confirmou. 


O técnico abordou, ainda, o palco da final. O Estádio do Jamor continua a levantar opiniões dúbias quanto à segurança e conforto dos espectadores.


«O Jamor tem este sentimento especial por ter todas estas finais acumuladas naquele local. Não tem as máximas condições, tem algum nível de insegurança, não permite ao adepto ter conforto e estar seguro. As alterações que necessita são conhecidas e tardam em acontecer. O Wembley também era emblemático e transformou-se num dos melhores estádios do mundo, que vai receber agora a final da Champions», exemplificou.

Lista de convocados 

Guarda-redes: Helton e Beto
Defesas: Alvaro Pereira, Maicon, Rolando, Sereno e Sapunaru
Médios: Guarín, Souza, Belluschi, Ruben Micael, João Moutinho, Fernando
Avançados: Hulk, Walter, Mariano, Varela e James

in "maisfutebol.iol.pt"

1 comentário:

Dragus Invictus disse...

Boa noite,

Amanhã os nossos jogadores podem mais uma vez fazer história, conquistando pela terceira vez consecutiva a Taça de Portugal, e juntar a conquista deste troféu ao da Liga Europa e ao de Campeão Nacional.

Espera-se um jogo aberto, pois o Guimarães por norma, é uma equipa de futebol mais de "jogo pelo jogo".

O Guimarães tem excelentes executantes no seu plantel, e só um Porto concentradíssimo, lutador e respeitando o adversário vencerá este "caneco".

Somos favoritos, mesmo sem Falcao e Otamendi, e estou convicto que vamos triunfar uma vez mais.

Que seja uma grande festa, com respeito entre adeptos e que o árbitro João "pode ser" Ferreira não estrague o jogo.

Abraço e bom fim de semana

Paulo

http://pronunciadodragao.blogspot.com