segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Benfica vence FC Porto no arranque do campeonato


Os encarnados derrotam campeão FC Porto na abertura do campeonato nacional de andebol.
O Benfica venceu hoje em casa o campeão nacional FC Porto por 23-22, num encontro da primeira jornada da Liga de andebol marcado pela estreia de Jorge Rito no comando técnico dos “encarnados”.
Os portistas, orientados pelo sérvio Ljubomir Obradovic, pouco mudaram em relação à temporada passada, reforçando-se com os regressos de Eduardo Filipe e Ricardo Costa (adjunto) e ainda com o sérvio Nenad Melancic (ex-Metaloplastika), Tiago Silva (ex-Xico Andebol), Sérgio Rola (ex-São Bernardo) e João Ramos (ex-Sporting de Espinho).
No Benfica, a nota de destaque prendeu-se com os ex-portistas Inácio Carmo e Nuno Grilo e o pivot Arten Kuybida (ex-Vitória de Setúbal), agora sob o comando de Jorge Rito, que substituiu José António Silva.
Mais compactos, os campeões nacionais dominaram o Benfica no primeiro tempo, mas as águias chegaram ao intervalo a perder por “culpa própria”, já que foram demasiado perdulárias, desperdiçando quatro ocasiões de golo na cara do guarda-redes. Duas por Carlos Carneiro, que atirou à trave, uma por António Areia e outra por Cláudio Pedroso.
Nem a jogar com menos um, a partir dos 22 minutos, devido à expulsão de Filipe Mota, que deu uma cotovelada a Cláudio Pedroso, o FC Porto mostrou inferioridade e nem o Benfica conseguiu tirar partido disso.
Na segunda parte o Benfica tomou conta do jogo e chegou pela primeira vez à liderança aos 34 minutos, com um golo do inevitável Carlos Carneiro (14-13), e a partir daí controlou as operações, anulando as ações do FC Porto.
A pressão “encarnada” era tal que os campeões nacionais estiveram 10 minutos sem conseguir fazer golos e só Pedro Spínola descobriu uma nesga de espaço para levar a melhor sobre Ricardo Candeias.
Carlos Carneiro, com cinco golos, podia ter sido a figura do encontro, por ter comandado a reviravolta, mas manchou a exibição ao ser expulso, aos 41 minutos, por falta dura sobre Ricardo Moreira.
Esta saída abrupta do “capitão” deixou os “encarnados” à deriva, mas os comandados de Jorge Rito aproveitaram para ter a posse de bola o maior tempo possível, procurando jogar com o cronómetro a seu favor.
A estratégia rendeu frutos e contou com a preciosa colaboração do guarda-redes Ricardo Candeias, que fez uma excelente exibição e, aos 59 minutos, defendeu um livre de sete metros, quando o marcador apontava 23-21.
Jogo realizado no Pavilhão n.º 2 do Estádio da Luz, em Lisboa
Benfica – FC Porto, 23-22.
Ao intervalo: 11-13.
Sob a arbitragem de Duarte Santos e Ricardo Fonseca, da Madeira, as equipas alinharam e marcaram com os seguintes jogadores:
- Benfica: Ricardo Candeias (gr), David Tavares (3), Pedro Graça (1), Carlos Carneiro (5), Rui Silva (1), Nuno Grilo (1) e Inácio Carmo (2). Jogaram ainda: Miguel Ferreira (gr), João Lopes, João Pais (4), Cláudio Pedroso (1), Nuno Roque (3), António Areia (1) e José Costa (1), Ricardo Costa.
- FC Porto: Hugo Laurentino (gr), Ricardo Pesqueira (1), Gilberto Duarte (5), Filipe Mota, Pedro Spínola (4), Dario Andrade (5) e Ricardo Moreira (4). Jogaram ainda: Alfredo Quintana (gr), João Ramos, Eduardo Filipe (3), Nenad Melencic, Rui Costa.
Assistência: cerca de 1.500 espetadores.

Obradovic «Mais 15 segundos tínhamos conseguido empatar»


O treinador do FC Porto, Ljubomir Obradovic, sustentou que se a sua equipa tivesse mais algum tempo de jogo tinha conseguido, pelo menos, o empate frente aos rivais do SL Benfica.
«O FC Porto entrou bem no jogo no capítulo defensivo, ofensivo e no contra-ataque. Na segunda parte não foi bem assim. O Benfica aproveitou e deu a volta ao resultado. Conseguimos aproximarmo-nos do marcador, mas se tivéssemos mais 15 segundos tínhamos conseguido empatar», atirou.
O jogo entre Benfica e FC Porto ficou marcado por um choque entre o “dragão” Filipe Mota e o “encarnado” Cláudio Pedroso, que, segundo fonte do Benfica, foi transportado para uma unidade hospitalar, onde lhe foi diagnosticada uma fratura do nariz.
Obradovic considerou, no entanto, que o seu jogador foi mal expulso no lance em causa, recorrendo aos relatos que teve das imagens transmitidas pela televisão.
«Já me disseram que, segundo as imagens televisivas, não era motivo para expulsão de Filipe Mota. Na repetição [vê-se que] Mota levantou o braço e que outro jogador empurrou o Cláudio. E aí é que se complicaram as coisas para nós, porque perdemos um jogador forte na defesa e no ataque», concluiu.
in "sapodesporto.pt"

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